Hamedine Kane e Adama Delphine Fawundu apresentam obras na Bienal de São Paulo, abordando deslocamento e diáspora africana através do oceano e suas conexões culturais. Kane explora a exploração pesqueira e suas consequências, enquanto Fawundu utiliza fotografias e tecidos para refletir sobre ancestralidade e identidade.

Hamedine Kane e Adama Delphine Fawundu são artistas que abordam temas de deslocamento e diáspora africana em suas obras. Kane apresentará sua instalação "Um Caminho para o Mar" na Bienal de São Paulo, enquanto Fawundu criará uma obra que conecta suas raízes africanas com experiências contemporâneas, utilizando fotografias e tecidos. Ambos os artistas refletem sobre desigualdades sociais e ambientais, destacando a relação com o oceano.
Para Hamedine Kane, o mar simboliza não apenas beleza, mas também as violências do passado e as desigualdades socioeconômicas atuais. Em 2023, ele percorreu a costa do Senegal, coletando relatos de pescadores ameaçados pela indústria pesqueira. Kane registrou os danos ambientais e sociais causados por essa exploração. Sua instalação "Um Caminho para o Mar", apresentada em Dacar, utiliza galões de gás e vídeos que retratam a vida das comunidades pesqueiras, refletindo sobre o extrativismo na África e no sul global.
A partir de setembro, a Bienal de São Paulo exibirá a segunda fase dessa pesquisa, com uma nova instalação composta por materiais encontrados nas praias do Brasil, onde Kane participou de uma residência artística. O artista, que vive em Bruxelas, enfatiza a importância do deslocamento, que muitas vezes resulta em tragédias para jovens africanos que tentam cruzar o Mediterrâneo em embarcações precárias. Ele critica a visão europeia do deslocamento como uma invasão, ressaltando que imigrantes enriquecem as comunidades que os acolhem.
Adama Delphine Fawundu também se inspira no oceano para sua instalação, que incluirá fotografias e materiais coletados em diversas praias, incluindo no Brasil. Fawundu, que participou de uma residência artística na Bahia, vê as ilhas como metáforas da diáspora africana, onde o deslocamento forçado conecta pessoas de diferentes regiões. Ela utiliza sua arte para expressar a unidade entre os africanos, apesar das distâncias geográficas.
As fotografias de Fawundu retratam seu corpo em ambientes naturais, evocando a figura de orixás, como Iemanjá. Para a artista, essa abordagem é uma forma de reverter a narrativa negativa sobre os descendentes da diáspora. A ancestralidade é um tema central em seu trabalho, que também incorpora tecidos, uma influência de sua avó tecelã. Fawundu busca mostrar que existem formas alternativas de conexão com a Terra, promovendo uma relação harmoniosa com o meio ambiente.
As obras de Kane e Fawundu na Bienal de São Paulo destacam a importância de discutir deslocamento e diáspora. A arte pode ser uma poderosa ferramenta para sensibilizar a sociedade sobre essas questões. Projetos como esses devem ser estimulados pela sociedade civil, pois podem impactar positivamente as comunidades e promover a valorização das culturas africanas e suas diásporas.

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