Cultura

Bienal das Amazônias traz curadoria pan-amazônica e conceito de ‘verde-distância’ em Belém

A 2ª edição da Bienal das Amazônias, com curadoria de Manuela Moscoso, ocorrerá de 29 de agosto a 30 de novembro em Belém, explorando a relação entre humanos e natureza. O evento destaca a pluralidade artística da Amazônia e busca ativar diálogos sobre questões contemporâneas.

Atualizado em
May 16, 2025
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Os curadores da segunda edição da Bienal das Amazônias. Da esquerda para direita, Priscila Clementti e Bonikta, Jean da Silva Manuela Moscoso, Sara Garzon - Ana Dias/Divulgação

A 2ª edição da Bienal das Amazônias, com curadoria de Manuela Moscoso, ocorrerá de 29 de agosto a 30 de novembro em Belém, no Pará. O evento, inspirado no livro Verde Vagomundo do autor paraense Benedicto Monteiro, explora a relação sensorial com a Amazônia e sua riqueza territorial. A curadora Manuela Moscoso, que tem visitado diversas regiões pan-amazônicas, lidera uma equipe que inclui Sara Garzon, Jean da Silva, Priscila Clementti e Bonikta, responsável pela identidade visual do evento.

Manuela Moscoso destaca a importância de ativar diálogos entre artistas e suas obras, enfatizando a coletividade como elemento central da Bienal. Ela afirma que a experiência de curadoria a tem ensinado sobre a conexão entre os centros urbanos e as florestas, refletindo sobre a memória e as práticas transdisciplinares no cinema. O conceito "verde-distância" busca ressaltar a sensibilidade do legado territorial brasileiro e a pluralidade de vozes artísticas presentes na Amazônia.

A Bienal das Amazônias foi criada para deslocar os debates artísticos de eixos dominantes, como a região Sudeste do Brasil. A segunda edição acontece em um momento significativo, próximo à 30ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas (COP 30), que ocorrerá em novembro na capital paraense. O evento visa promover a arte e a cultura da Amazônia, além de fomentar discussões sobre as urgências contemporâneas.

O conceito "verde-distância" reflete a relação entre humanos e o ambiente natural, propondo um espaço de reflexão sobre como as práticas artísticas podem dialogar com as questões ambientais e sociais. A Bienal busca ser um ponto de encontro para artistas e o público, promovendo a troca de experiências e a valorização das diversas expressões culturais da região.

Os organizadores esperam que a Bienal atraia um público diversificado, interessado em conhecer mais sobre a arte amazônica e suas intersecções com outras áreas do conhecimento. A programação incluirá exposições, debates e atividades culturais, criando um ambiente propício para a troca de ideias e a construção de novas narrativas sobre a Amazônia.

Iniciativas como a Bienal das Amazônias são fundamentais para fortalecer a cultura local e promover a visibilidade de artistas da região. A união da sociedade civil pode ser um grande impulso para apoiar projetos que valorizem a arte e a cultura amazônica, contribuindo para um futuro mais sustentável e inclusivo.

Folha de São Paulo
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