Histórias do Vakinha

Shamsa Sharawe transforma dor em ativismo e conquista nova vida após cirurgia de reconstrução genital

Shamsa Sharawe, ativista britânica, compartilhou sua jornada de reconstrução genital após mutilação na infância, destacando a necessidade de acesso a tratamentos no Reino Unido. Sua luta visa quebrar o silêncio sobre o tema.

Atualizado em
June 3, 2025
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Shamsa Sharawe, sobrevivente de mutilação genital, em sua casa no norte da Inglaterra — Foto: Nariman El-Mofty/The New York Times

Shamsa Sharawe, ativista britânica, ganhou destaque no TikTok ao compartilhar sua experiência com a mutilação genital, uma prática que afeta milhões de mulheres. Submetida a essa prática na Somália aos seis anos, Sharawe se tornou uma voz importante na luta contra essa violação dos direitos humanos. Em 2023, aos trinta e dois anos, ela viajou para a Alemanha e passou por uma cirurgia de reconstrução genital, buscando criar uma vulva adulta e funcional.

Durante sua jornada, Sharawe utilizou as redes sociais para documentar cada passo, enfatizando a importância de discutir abertamente esses temas. Na véspera da cirurgia, gravou uma mensagem para sua filha, explicando sua decisão e expressando seu amor. "Finalmente vou ter um clitóris. Finalmente poderei viver em um corpo que não vejo mais como inimigo", disse ela, destacando a necessidade de normalizar conversas sobre saúde genital e traumas.

A mutilação genital feminina, que envolve a remoção de partes da genitália externa, continua a ser uma prática comum em várias culturas, apesar de ser ilegal em muitos países. Sharawe ressaltou que, embora a cirurgia de reconstrução possa aliviar dores, ela não está disponível no sistema público de saúde britânico (NHS). A ativista arrecadou mais de 20 mil euros para financiar sua cirurgia, realizada pelo Dr. Dan O’Dey, especialista em reconstrução genital feminina.

Após a cirurgia, Sharawe compartilhou sua felicidade ao acordar com um novo órgão. "Eu tenho uma vulva. Uma vulva funcional", comemorou. A recuperação, embora lenta, trouxe alívio para suas dores crônicas. No entanto, os custos da cirurgia a deixaram endividada, uma realidade que muitas sobreviventes enfrentam. O NHS oferece apenas a desinfibulação, um procedimento básico, enquanto a reconstrução permanece inacessível.

Sharawe expressou indignação com a falta de opções disponíveis para sobreviventes de mutilação genital no Reino Unido. "Estamos dizendo o que precisamos, e vocês não estão ouvindo", afirmou, referindo-se ao NHS. Sua luta por reconhecimento e tratamento adequado continua, e ela lançou uma petição para que a cirurgia de reconstrução seja financiada pelo sistema público de saúde.

Com sua energia vibrante, Sharawe se tornou uma fonte de inspiração para outras sobreviventes, que buscam informações sobre tratamentos e apoio. Sua história destaca a necessidade de apoio e recursos para vítimas de mutilação genital. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que garantam acesso a tratamentos e informações essenciais para a saúde e bem-estar das mulheres.

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