O cardiologista Álvaro Avezum revela que apenas 10% dos hipertensos no Brasil controlam a pressão arterial, destacando a necessidade urgente de implementar conhecimento científico em saúde cardiovascular.
O cardiologista e pesquisador brasileiro Álvaro Avezum, reconhecido no ranking da Universidade de Stanford como um dos cientistas mais influentes do mundo, tem se dedicado a transformar descobertas científicas em ações práticas de prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares no Brasil. Ele destaca que apenas 10% dos hipertensos têm a pressão arterial controlada, e que 70% dos eventos cardiovasculares poderiam ser prevenidos com intervenções adequadas.
Avezum, que é diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, enfatiza a necessidade de superar a lacuna entre o conhecimento científico e sua aplicação na prática clínica. Ele aponta que, apesar de existirem evidências robustas sobre fatores de risco, como hipertensão e obesidade, a implementação dessas informações ainda é insuficiente. Em países de renda média e baixa, como o Brasil, a situação é ainda mais crítica, com taxas de mortalidade cardiovascular significativamente mais altas.
Um estudo global coordenado por Avezum revelou que a proporção de mortes por doenças cardiovasculares em países de renda intermediária é o dobro da observada em nações ricas. Ele ressalta que a conscientização da população e a atualização dos profissionais de saúde são fundamentais para melhorar o controle dos fatores de risco. Avezum também menciona que campanhas educativas são essenciais para informar a população sobre a gravidade das doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no Brasil.
Além disso, Avezum explora a relação entre espiritualidade e saúde, apresentando dados que sugerem que ter um propósito de vida e cultivar valores como compaixão e otimismo podem reduzir a mortalidade. Ele cita um estudo que demonstrou que intervenções baseadas em espiritualidade podem melhorar a pressão arterial em pacientes hipertensos, evidenciando a importância de abordagens integrativas na saúde.
Os dados apresentados por Avezum são alarmantes: cerca de 1,4 milhão de hospitalizações anuais no Brasil são causadas por eventos cardiovasculares. Ele afirma que, se os fatores de risco forem controlados, é possível evitar até um milhão desses casos. A falta de implementação das práticas baseadas em evidências é um desafio que precisa ser enfrentado, e Avezum propõe um diagnóstico dos obstáculos em três pilares: o indivíduo, o profissional de saúde e o sistema de saúde.
Para transformar essa realidade, é necessário priorizar ações estratégicas no sistema de saúde, especialmente em doenças prevalentes e de alto risco. A união da sociedade civil pode ser um motor de mudança, promovendo iniciativas que ajudem a conscientizar e a mobilizar recursos para a prevenção de doenças cardiovasculares. Projetos que visem a melhoria da saúde pública e a educação da população são essenciais para enfrentar esse desafio e salvar vidas.
Pesquisadores identificaram alterações cerebrais que podem ocorrer até 25 anos antes dos sintomas do Alzheimer, prometendo avanços significativos no diagnóstico e na prevenção da doença. Essa descoberta pode transformar a abordagem atual, permitindo intervenções mais eficazes e precoces.
Pesquisador brasileiro desenvolve teste inovador que detecta Alzheimer por biomarcadores na saliva, permitindo diagnóstico precoce até 20 anos antes dos sintomas. A pesquisa liderada por Gustavo Alves Andrade dos Santos pode transformar a abordagem atual, que é invasiva e cara.
Estudo revela que a taxa de sobrevida em 10 anos para pacientes com câncer de mama no SUS é de 65,4%, enquanto no sistema privado é de 91,9%, evidenciando desigualdades no acesso ao tratamento.
Médicos do Hospital das Clínicas de São Paulo inovaram ao usar membrana amniótica como curativo para queimaduras, com recomendação do SUS para adoção em hospitais, aguardando regulamentação. Essa técnica, que acelera a cicatrização e reduz a dor, pode aumentar em até quatro vezes os estoques disponíveis do material.
O Ministério da Saúde declarou a doença falciforme como enfermidade de notificação compulsória, visando melhorar o monitoramento e as políticas públicas. A medida, que inclui a notificação em até sete dias, impacta principalmente a população preta e parda, com estimativa de até 100 mil casos no Brasil.
Preta Gil compartilha sua luta contra o câncer, destacando a importância do apoio afetivo e da prevenção. A artista inspira muitos ao mostrar que a informação e o amor são fundamentais na batalha contra a doença.