A doença de Alzheimer, que afeta 60% dos casos de demência no Brasil, tem novos tratamentos promissores, como donanemab e lecanemab, além de um spray nasal em desenvolvimento para combater a proteína tau.

A doença de Alzheimer, que afeta cerca de 60% dos casos de demência no Brasil, continua a ser uma preocupação crescente. Em 2024, o país registrou aproximadamente 2,71 milhões de casos. A enfermidade, que causa a perda progressiva das funções cerebrais, não deve ser encarada como uma consequência natural do envelhecimento, já que fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida influenciam seu desenvolvimento. Especialistas alertam que o número de diagnósticos deve aumentar, especialmente com a expectativa de que a população idosa quase dobre até 2050.
Recentemente, novos tratamentos têm sido aprovados, como os medicamentos donanemab e lecanemab, que atuam contra o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. Esses injetáveis têm o potencial de desacelerar a progressão da doença se administrados em suas fases iniciais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou o uso do donanemab, que não é recomendado para pacientes que utilizam anticoagulantes ou que apresentam angiopatia amiloide cerebral.
Além disso, pesquisas inovadoras estão em andamento, como o desenvolvimento de um spray nasal que visa combater a proteína tau, essencial para a comunicação entre neurônios. O estudo, liderado pelo especialista Rakez Kayed, demonstrou que o spray pode eliminar acúmulos tóxicos de tau em modelos animais, melhorando a função cognitiva. A equipe espera iniciar testes em humanos em breve, com a expectativa de que a nova terapia possa ser aprovada em três a cinco anos.
O tratamento precoce é fundamental, pois quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de sucesso das terapias. O diagnóstico é frequentemente baseado em observações clínicas, e os familiares devem estar atentos a sinais como desorientação e dificuldades de memória. A diretora-presidente do Instituto Alzheimer Brasil, Elizabeth Piovezan, enfatiza a importância do apoio familiar e da educação sobre a doença para lidar com os desafios que surgem.
Em junho de 2024, o Senado brasileiro anunciou a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e Outras Demências, que visa capacitar profissionais de saúde e oferecer suporte às famílias. Essa mobilização é crucial, já que cerca de setenta e cinco por cento das pessoas com demência não são diagnosticadas, o que impede o acesso a tratamentos adequados.
Com o aumento da população idosa e a crescente incidência de Alzheimer, a sociedade civil tem um papel vital em apoiar iniciativas que promovam a conscientização e o cuidado. Projetos que visam ajudar as famílias afetadas e oferecer suporte a pacientes podem fazer uma diferença significativa na qualidade de vida daqueles que enfrentam essa doença devastadora.

O câncer de fígado, frequentemente silencioso, pode ser diagnosticado precocemente, aumentando as chances de tratamento eficaz. O consumo excessivo de álcool é um fator de risco significativo, exigindo atenção à saúde.

O Brasil introduziu o HIFU, um tratamento não invasivo que reduz em até 70% os tremores de Parkinson imediatamente após a aplicação, representando um avanço significativo na terapia. O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, é pioneiro na oferta dessa tecnologia, que já é utilizada em outros países. O procedimento, realizado com o paciente acordado e sem anestesia geral, utiliza ultrassom focado para destruir áreas do cérebro responsáveis pelos tremores. A seleção dos pacientes é criteriosa, considerando possíveis contraindicações.

Mudanças simples no estilo de vida, como atividade física e controle do estresse, podem reduzir o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), que afeta milhões anualmente. A hipertensão, diabetes e colesterol alto são fatores de risco significativos.

Um teste de um minuto pode detectar sinais precoces de demência, com a pesquisa mostrando que listar menos de 15 itens aumenta o risco de Alzheimer em até 20 vezes. O diagnóstico precoce é essencial para intervenções eficazes.

Estudo da iniciativa RECOVER revela que mulheres têm risco 31% a 44% maior de desenvolver covid-19 longa em comparação aos homens, influenciado por fatores como gestação e menopausa. A pesquisa destaca a necessidade de entender as disparidades biológicas entre os sexos e suas implicações no tratamento.

Exercício regular é uma estratégia eficaz para melhorar a saúde mental, especialmente em casos de depressão e ansiedade, com benefícios comprovados até mesmo em caminhadas simples. Especialistas ressaltam a importância de encontrar atividades que proporcionem prazer para garantir a adesão a essa prática.