Defensoria Pública de SP lança Carta Nacional de Acesso à Justiça com foco em gênero e raça. A iniciativa busca garantir a inclusão e participação das mulheres no sistema de Justiça, promovendo mudanças permanentes.
Após o mês de março, que é marcado por celebrações das lutas feministas, é essencial manter a discussão sobre a necessidade de avanços institucionais para garantir que as iniciativas promovidas se tornem permanentes. O mês passado trouxe à tona uma série de ações voltadas para a igualdade de gênero, revelando a urgência de transformar a realidade das mulheres no Brasil. A proposta de discutir gênero e suas interseccionalidades no sistema de Justiça é um passo importante para promover e defender os direitos das mulheres.
Os Protocolos para Julgamento com Perspectiva de Gênero e Racial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a atuação das Defensorias Públicas são exemplos de marcos que reconhecem a importância de considerar gênero e raça nas decisões judiciais. Essas diretrizes oferecem instrumentos práticos para a implementação de uma Justiça mais inclusiva. Contudo, apesar dos avanços, ainda existem desafios significativos a serem enfrentados para que a Justiça seja verdadeiramente acessível a todas as mulheres.
O debate sobre gênero e raça no sistema de Justiça frequentemente se concentra na posição das mulheres como vítimas, especialmente em casos de violência doméstica. Embora essa questão seja crucial, é necessário expandir a discussão para incluir o protagonismo das mulheres em outras esferas, reconhecendo suas diversas contribuições. Mulheres negras, indígenas, ribeirinhas, quilombolas e outras que enfrentam realidades distintas não podem ser vistas como uma categoria homogênea, e o sistema de Justiça deve refletir essa diversidade.
A pergunta “o que as mulheres querem da Justiça?” só terá uma resposta efetiva quando houver espaços que permitam que mulheres com diferentes vivências acessem a Justiça e expressem suas demandas. É fundamental que essas mulheres participem da formulação de políticas públicas que orientem a atuação dos órgãos do sistema de Justiça. Assim, as políticas devem contemplar as múltiplas categorias de mulheres e garantir que suas vozes sejam ouvidas.
A recém-lançada Carta Nacional de Acesso à Justiça na Perspectiva de Raça e Gênero, elaborada pela Defensoria Pública de São Paulo, estabelece diretrizes para garantir a participação social e a inclusão das diversas realidades das mulheres. A carta também convoca uma atuação interinstitucional na defesa dos direitos das mulheres, promovendo uma construção coletiva com a sociedade civil. O acesso à Justiça deve ser um compromisso contínuo, não apenas uma resposta emergencial.
As Defensorias Públicas desempenham um papel crucial nesse contexto, pois têm a proximidade com a população como um de seus pilares. Dados da Ouvidoria da Defensoria de São Paulo mostram que setenta e sete por cento do público atendido é composto por mulheres, sendo cinquenta e cinco por cento mulheres negras. Nesse cenário, é vital que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a autonomia e emancipação das mulheres, garantindo que suas realidades sejam reconhecidas e respeitadas.
A Prefeitura de São Paulo inaugurou a EMEI Jô Soares no Itaim Paulista, com capacidade para 224 crianças e infraestrutura moderna, incluindo soluções sustentáveis. A unidade é a 11ª inaugurada em 2023, totalizando 39 novas escolas.
Sonia Livingstone, pesquisadora de mídia e sociedade, destacou no Seminário Internacional sobre um futuro digital inclusivo que o maior desafio das crianças é ser ouvidas e seguras online. A especialista enfatizou a importância de escutar as opiniões dos jovens sobre o uso de tecnologias digitais, promovendo um diálogo que equilibre riscos e oportunidades.
As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do 2º semestre de 2025 encerram hoje, com mais de 112 mil vagas disponíveis e uma nova modalidade, o Fies Social, para estudantes em vulnerabilidade.
Jonathan Haidt, autor de "A Geração Ansiosa", alerta que a tecnologia prejudica a aprendizagem infantil e defende a proibição de redes sociais para menores de 16 anos, propondo mais investimentos em playgrounds.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) abriu o prazo para solicitação de isenção da taxa de inscrição do vestibular de Medicina 2026, visando ampliar o acesso ao processo seletivo. Os interessados devem se inscrever entre 7 de agosto e 1º de setembro de 2025, com resultados divulgados em 12 de setembro. Recursos poderão ser apresentados entre 15 e 17 de setembro, com resultado final em 24 de setembro. O vestibular seguirá um modelo misto, combinando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com provas específicas.
A FAPESP lançou a chamada "Futuros Cientistas – Prof. Sérgio Muniz Oliva Filho", oferecendo até 400 Bolsas de Iniciação Científica para alunos de ações afirmativas, visando reduzir a evasão no ensino superior. A iniciativa homenageia o professor Sérgio Muniz Oliva Filho e busca ampliar a permanência estudantil em áreas de exatas. As propostas podem ser submetidas até julho e agosto de 2025, com resultados divulgados em setembro e dezembro do mesmo ano.