A progressão continuada, adotada por diversas redes de ensino, gera polêmica sobre sua eficácia, enquanto estudos recentes mostram que a reprovação prejudica mais do que ajuda o aprendizado. Pesquisas indicam que a recuperação pedagógica é mais eficaz que a reprovação, que pode levar à evasão escolar e aumentar desigualdades. Especialistas defendem a realocação de recursos para reforço educacional.
A progressão continuada, adotada por diversas redes de ensino no Brasil, resulta em altas taxas de aprovação, com 97,2% nos anos iniciais do ensino fundamental, 94% nos anos finais e 91,3% no ensino médio, conforme o Censo Escolar de 2024. No entanto, essa prática é frequentemente criticada por sua suposta relação com a baixa qualidade do ensino. A reprovação é vista por alguns como uma solução para aumentar o comprometimento dos alunos, mas essa visão simplista ignora a complexidade do aprendizado.
Na verdade, a progressão continuada não implica aprovação automática. Os alunos são avaliados continuamente e devem desenvolver competências ao longo de um ciclo mais extenso. Em vez de reprovação, a recuperação é priorizada, com aulas de reforço para suprir lacunas de aprendizado. Além disso, a progressão continuada não é a única responsável pelos baixos índices de aprendizagem, que são influenciados por diversos fatores.
Estudos internacionais indicam que a reprovação pode trazer mais desvantagens do que benefícios, como problemas emocionais e sociais, além de aumentar a evasão escolar. A retenção afeta desproporcionalmente alunos de famílias de baixa renda, gerando desigualdades e custos elevados para o sistema educacional. A discussão sobre reprovar ou aprovar deve ser substituída por uma abordagem baseada em evidências que priorize o aprendizado efetivo.
Investir em recursos para aulas extras e adaptar o ensino às necessidades dos alunos que não aprenderam é fundamental. Essas ações têm mostrado resultados positivos em diversas experiências educacionais. Um estudo da University College London revela que programas intensivos de recuperação podem aumentar significativamente os resultados dos alunos, sugerindo que o foco deve ser no aprendizado e não na punição.
A reprovação, muitas vezes, resulta em estigmatização e bullying, prejudicando ainda mais os alunos que já enfrentam dificuldades. É essencial que o sistema educacional cumpra sua função de garantir aulas de qualidade, respeitando o direito à educação de todos. A reprovação não é apenas incoerente, mas também contraproducente, pois ignora as falhas do próprio sistema.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que visem apoiar a recuperação e o aprendizado dos alunos devem ser incentivados, promovendo um ambiente educacional mais justo e eficaz. A mudança começa com a valorização do aprendizado e a busca por soluções que realmente ajudem os estudantes a superar suas dificuldades.
O GLOBO lançou um guia que permite aos pais filtrar escolas no Rio e São Paulo com mensalidades entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, detalhando infraestrutura e perfil educacional. A plataforma oferece personalização na busca, incluindo informações sobre preparação para o Enem e atividades extracurriculares. As escolas foram selecionadas com base em dados do Censo Escolar e podem se inscrever para inclusão no guia.
Um novo decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabelece regras rigorosas para o ensino à distância no Brasil, restringindo cursos como Medicina e Direito e exigindo estrutura mínima para polos de apoio. As mudanças visam garantir a qualidade da formação, após um aumento significativo de matrículas, que saltou de 1,7 milhão para 4,9 milhões nos últimos anos.
Em 2023, ao celebrar cinco décadas do primeiro Ciep, o debate entre Leonel Brizola e Fernando Henrique Cardoso em 1994 destaca a urgência por uma educação de qualidade no Brasil. A desigualdade educacional persiste, mas há potencial para expandir a educação integral.
O Senado brasileiro aprovou a renovação da lei de cotas, aumentando a reserva de vagas para pessoas negras de 20% para 30% e incluindo cotas para indígenas e quilombolas. Apesar da mudança, apenas 1,4% dos municípios adotam cotas em concursos públicos.
A Faculdade Anhanguera oferecerá cursos de férias gratuitos entre 22 e 30 de julho, em várias unidades, com emissão de certificado digital. As aulas, que ocorrem às 19h, abordam temas práticos como saúde, nutrição e inteligência artificial, visando democratizar o conhecimento e preparar os alunos para o mercado de trabalho.
Endividamento no Distrito Federal atinge 66,7% das famílias, com inadimplência em 49,5%. Especialistas alertam para a urgência de educação financeira e mudança de hábitos.