O biocarvão, produzido a partir de resíduos orgânicos, pode aumentar a fertilidade do solo e sequestrar carbono, mas sua produção em larga escala enfrenta desafios. Olivier Reinaud, da NetZero, destaca a necessidade de locais tropicais com características específicas para otimizar essa prática.

O biocarvão, também conhecido como biochar, é um material carbonizado produzido pela queima de resíduos orgânicos. Ele oferece uma solução dupla ao aumentar a fertilidade do solo e atuar como uma ferramenta de sequestro de carbono. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem realizado pesquisas sobre seus efeitos em diversas culturas e tipos de solo. Contudo, a escalabilidade da produção de biocarvão enfrenta desafios significativos, especialmente em um modelo sustentável.
O cofundador da NetZero, Olivier Reinaud, enfatizou a importância de escolher locais com características específicas para maximizar a produção de biocarvão. Em entrevista, ele destacou que regiões tropicais, com temperaturas médias em torno de 25 ºC e alta insolação, apresentam um potencial inexplorado para a produção de biomassa. Essas condições favorecem tanto o armazenamento de carbono quanto os benefícios agrícolas do biocarvão.
Reinaud observou que, em países desenvolvidos, a disponibilidade de resíduos de colheita é limitada, dificultando a produção de biocarvão. Em contrapartida, as regiões tropicais têm uma maior produção de biomassa e sistemas de reutilização menos desenvolvidos, o que representa uma oportunidade significativa. O biocarvão pode aumentar os rendimentos das safras em média em 25% nessas áreas, superando os resultados em regiões temperadas.
Apesar do potencial, a produção em larga escala de biocarvão a partir de resíduos agrícolas ainda é rara. A maior parte da infraestrutura existente é voltada para a madeira, que representa apenas 15% do potencial total. A verdadeira escalabilidade reside nos 85% correspondentes a resíduos de safra, que exigem um modelo circular para produção e aplicação local.
A cana-de-açúcar é frequentemente apontada como a cultura mais viável para a produção de biocarvão, devido à sua produção em larga escala e centralizada. Isso facilita a implementação de sistemas circulares, essenciais para a eficiência logística e rastreabilidade, que são fundamentais para a geração de créditos de carbono. Outras culturas, como soja e arroz, também têm potencial, mas apresentam desafios logísticos e de coleta.
O aproveitamento do biocarvão requer a superação de complexidades, como a rastreabilidade e a viabilidade financeira. Embora o processo seja desafiador, os benefícios climáticos e para o solo justificam o esforço. A união da sociedade civil pode ser crucial para impulsionar projetos que explorem essa tecnologia, promovendo um futuro mais sustentável e produtivo.

O Brasil registra um aumento de 50% nas buscas por "unidade de conservação" e 25,5 milhões de visitas a parques nacionais em 2024, destacando a conexão crescente com a biodiversidade. O Parque Estadual da Cantareira lidera as pesquisas, refletindo o interesse em ecoturismo e conservação ambiental.

A Nespresso anunciou um relatório de sustentabilidade com metas até 2050, incluindo café com zero emissões de carbono e R$ 5 milhões para agricultura regenerativa no Brasil. A empresa já investiu R$ 8,4 bilhões em práticas sustentáveis.

O Brasil enfrenta variações climáticas, com baixas temperaturas e geadas no Centro-Sul e chuvas intensas no Norte. O Inmet alerta para riscos de tempestades e recomenda cuidados à população.

Massa de ar polar provoca temperaturas negativas e geadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. O Inmet prevê que o frio persista, mas a intensidade da massa deve diminuir nos próximos dias.

Cerca de 16 tartarugas-verdes foram encontradas mortas na Praia de Camboinhas, em Niterói, levantando suspeitas de interação com redes de pesca. O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) registrou um número alarmante de mortes simultâneas, algo inédito em sua atuação.

Em 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) do Brasil estabeleceu protocolos para medir danos climáticos, com um custo mínimo de US$ 5 por tonelada de CO₂. O Ministério Público Federal já iniciou ações contra desmatadores.