Pesquisadores identificaram que o α-copaeno, presente no óleo de copaíba, é cem vezes mais eficaz que o β-cariofileno no combate ao psilídeo-dos-citros, vetor do greening. Essa descoberta pode revolucionar o manejo da doença.

O greening é uma doença que afeta gravemente a citricultura, especialmente em São Paulo, onde 44% das laranjeiras estão contaminadas. Desde sua chegada ao Brasil em 2004, o controle da doença tem se concentrado no manejo do psilídeo-dos-citros, o inseto vetor, através de inseticidas, plantio de mudas saudáveis e erradicação de árvores doentes. Recentemente, pesquisadores identificaram o α-copaeno, um composto do óleo de copaíba, como uma solução promissora, sendo cem vezes mais eficaz que o β-cariofileno na repulsão do inseto.
O químico Rodrigo Facchini Magnani, do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), destaca que não há uma maneira eficaz de eliminar a bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus na planta infectada. Assim, a eliminação das árvores doentes é crucial para evitar a propagação da doença. A detecção da infecção é feita através da técnica de PCR, mas a observação visual dos sintomas, como folhas manchadas e frutos deformados, é a forma mais comum de diagnóstico.
Em 2009, uma comissão nacional foi formada para investigar a doença, em contato com uma entidade internacional que monitorava a situação globalmente. Observações de pequenos produtores no Vietnã indicaram que a intercalagem de goiabeiras com tangerinas reduzia a população do psilídeo e a incidência da doença. Estudos subsequentes revelaram que o β-cariofileno, presente no aroma da goiabeira, tinha efeito repelente sobre o inseto.
Os pesquisadores, então, introduziram genes que aumentam a produção de β-cariofileno em plantas de Arabidopsis, um modelo comum em biologia molecular. O resultado foi positivo, com as plantas repelindo o inseto. No entanto, a introdução do gene também aumentou a produção de α-copaeno e α-humuleno, levando a equipe a investigar o papel dessas moléculas. O entomologista Haroldo Xavier Linhares Volpe, também do Fundecitrus, confirmou que o α-copaeno é eficaz em doses muito menores que o β-cariofileno.
Os cientistas testaram o potencial repelente do óleo de copaíba e desenvolveram um difusor para simular a liberação dos compostos em um ambiente controlado. Essa abordagem permitiu quantificar os compostos no ar, essencial para o desenvolvimento de produtos repelentes. A pesquisa também explorou a interação entre plantas hospedeiras do psilídeo, como curry e murta, que não permitem a transmissão da bactéria, propondo uma estratégia de manejo que combina repelência e atração.
Com a crescente ameaça do greening, é fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que busquem soluções inovadoras para a citricultura. Projetos que promovem a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias podem fazer a diferença na luta contra essa doença devastadora, garantindo a sustentabilidade da produção de citros e a segurança alimentar.

Durante a palestra no Rio Innovation Week, Nathalie Kelley criticou a influência de corporações nas conferências climáticas, destacando que a COP30 em Belém deve abordar a globalização como causa das mudanças climáticas.

A bióloga Angela Kuczach lidera a SOS Oceanos, que critica os compromissos vagos do governo Lula na COP 30 e busca mobilizar a população para proteger os oceanos brasileiros. A iniciativa, apoiada por várias instituições, destaca a conexão entre a saúde do mar e a qualidade do ar.

A COP30, que ocorrerá em Belém de 10 a 21 de novembro, anunciou trinta mobilizadores de debates, incluindo Janja da Silva e Jacinda Ardern, para fortalecer ações climáticas globais. Os representantes atuarão em dez regiões e vinte setores estratégicos, facilitando a comunicação entre diferentes áreas e a presidência da conferência.

Cientista Marina Hirota lidera pesquisa sobre umidade na Amazônia, revelando que 40% da água é reciclada entre julho e outubro, e que o desmatamento impacta a umidade e provoca secas extremas.

Estudo revela que sinais de aquecimento global poderiam ter sido detectados em 1885, antes da popularização dos carros a gasolina, evidenciando a interferência humana no clima desde a Revolução Industrial. Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore e instituições como o MIT simulam monitoramento atmosférico, identificando resfriamento na estratosfera devido ao aumento de CO₂. Alertam que mudanças climáticas intensas devem ocorrer nos próximos anos se não houver redução no uso de combustíveis fósseis.

Paraisópolis, em São Paulo, enfrenta temperaturas até 8°C mais altas que áreas vizinhas, agravadas pela urbanização e escassez de água, impactando a saúde dos moradores. Especialistas alertam para os riscos das ondas de calor e a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura urbana.