Desmatamento na Amazônia Legal alcança 277 mil km² entre 2001 e 2024, superando previsões de 270 mil km². A COP30 ocorre em um Brasil marcado pela perda florestal e crise ambiental.
Em 2000, a Folha de S.Paulo publicou uma reportagem que alertava sobre os riscos de destruição florestal associados ao programa Avança Brasil, do governo Fernando Henrique Cardoso. A matéria indicava que a recuperação e pavimentação de estradas poderiam devastar até 180 mil quilômetros quadrados de florestas, uma área equivalente a duas vezes Portugal. O estudo, realizado por três ONGs, foi um marco na discussão sobre os impactos ambientais das obras federais.
Após meses, a pesquisa foi publicada na revista Nature, revisando a previsão para 270 mil quilômetros quadrados de desmatamento em um período de 20 a 30 anos. Agora, com dados atualizados, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revela que, entre 2001 e 2024, o desmatamento na Amazônia Legal totalizou 277 mil quilômetros quadrados, superando as estimativas alarmistas.
Esse desmatamento representa uma contribuição significativa para o aquecimento global, uma vez que a biomassa da vegetação destruída se transforma em dióxido de carbono, um dos principais gases do efeito estufa. A situação é alarmante, especialmente com a COP30 se aproximando, que ocorrerá em um Brasil marcado por uma drástica perda florestal.
Recentemente, o ecólogo William Laurance, conhecido por suas pesquisas sobre a Amazônia, reiterou que as estradas são um dos principais fatores de destruição da floresta. Em uma entrevista, ele destacou que a construção de novas vias pode levar a um aumento significativo nas emissões de carbono, exacerbando a crise ambiental.
Laurance, que vive no Brasil há anos, enfrentou críticas e ataques por suas previsões sobre o desmatamento, especialmente após um estudo que previa a perda de até 42% da Amazônia até 2020. O Ministério da Ciência e Tecnologia chegou a questionar a validade de suas pesquisas, evidenciando a tensão entre ciência e política no país.
Com a Amazônia perdendo áreas equivalentes a três Portugal, a necessidade de ação coletiva se torna urgente. Projetos que visam a preservação ambiental e a recuperação de áreas degradadas devem ser apoiados pela sociedade civil. A união em torno de iniciativas que promovam a sustentabilidade pode fazer a diferença na luta contra a devastação da floresta.
Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abandonou sessão no Senado em meio a debates acalorados sobre a pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, gerando preocupações ambientais e políticas.
Um ciclone extratropical impacta o Sul e Sudeste do Brasil, trazendo ventos de até 100 km/h e temperaturas que podem cair a -6°C, com risco de geada e neve em Santa Catarina. A Marinha alerta para ressaca no mar.
O Tayassu pecari, porco selvagem da América Latina, foi redescoberto na Reserva Biológica Estadual de Araras após décadas. O monitoramento, liderado por Vanessa Cabral Barbosa, revela a importância da conservação.
A prefeitura de São Paulo avança na instalação de câmeras e jardins de chuva no Minhocão, visando melhorar a segurança e a estética da área. A iniciativa, parte do programa Smart Sampa, busca transformar o espaço urbano.
Quarenta e três pinguins juvenis foram encontrados mortos no litoral de São Paulo, enquanto quatro foram resgatados para reabilitação, destacando os desafios da migração de 2025. O Instituto Argonauta alerta para a importância da proteção da fauna marinha.
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