Belém se prepara para a COP30, enfrentando a urgência de obras de drenagem devido ao aumento de desastres climáticos, que cresceram 222% entre 2020 e 2023, refletindo a falta de resiliência do Brasil.
Belém se prepara para receber a COP30, evidenciando a necessidade urgente de obras de drenagem para mitigar os alagamentos frequentes durante a estação chuvosa. Essa situação reflete a falta de resiliência do Brasil, um país que enfrenta desafios climáticos em escala continental. A urgência das obras é um indicativo de que o problema vai além da cidade, afetando todo o território nacional.
Um estudo recente da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica revelou um aumento alarmante de 222% nos desastres relacionados a chuvas entre 2020 e 2023. Este dado não inclui a catástrofe ocorrida no Rio Grande do Sul no ano passado, nem os danos causados por ondas de calor, secas e incêndios florestais. A transformação de planos de adaptação em ações concretas continua lenta, mesmo diante da crescente urgência.
As discussões prévias da COP30, como a reunião preparatória em Bonn, na Alemanha, destacaram a adaptação como um tema prioritário. No entanto, o consenso sobre as Metas Globais de Adaptação (GGA) ainda é distante. Embora o texto tenha sido aprovado, ele enfrenta divergências significativas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, especialmente em relação ao financiamento e aos indicadores das GGA.
Na reunião de Bonn, o número de indicadores foi reduzido de nove mil para 490, com a meta de chegar a cerca de cem até a COP30. Essa complexidade na definição de critérios para a adaptação contrasta com a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, que é mais direta. A adaptação, por sua vez, varia conforme o tipo de evento e as condições socioeconômicas e geográficas de cada local.
Especialistas, como Roberto Waack, presidente do conselho do Instituto Arapyaú, enfatizam a importância de integrar a adaptação em todos os projetos de infraestrutura, desde saneamento até áreas de lazer. A adaptação deve ser parte da vida cotidiana, assim como os efeitos das mudanças climáticas já são. Para isso, é necessário que haja políticas públicas que garantam que todo investimento seja resiliente.
O risco é que a COP30 produza uma lista de metas desconectadas da urgência climática. Contudo, isso não deve ser uma justificativa para a inação, seja do governo ou da sociedade. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, promovendo iniciativas que ajudem a enfrentar os desafios climáticos e a construir um futuro mais resiliente.
O Jardim Botânico de Brasília iniciará em agosto a remoção de pinheiros, espécies invasoras, substituindo-os por árvores nativas do Cerrado, visando a proteção do bioma e a segurança dos visitantes. A ação, respaldada pelo Plano de Manejo do Instituto Brasília Ambiental, é acompanhada de uma campanha educativa para informar a população sobre os riscos dos pinheiros, que comprometem a biodiversidade e aumentam o risco de incêndios.
Celia Maria Machado Ambrozio lançou o livro "Conservação do Cerrado", que aborda a preservação ambiental e cultural entre Cocalzinho de Goiás e a Cidade de Goiás, destacando a importância da interação entre esses elementos.
Uma pesquisa revela que 50% de desmatamento na Amazônia Legal aumenta o risco de malária, destacando a urgência de ações de conservação florestal e controle de vetores para combater a doença.
O Tesouro Nacional lançou o segundo edital do programa de economia verde, permitindo até 40% de financiamento interno e juros de 1% ao ano, visando restaurar 1 milhão de hectares. A iniciativa busca mobilizar R$ 10 bilhões em investimentos privados.
Governo federal e Confederação Nacional da Indústria (CNI) firmam parceria para modernizar a gestão pública e otimizar o licenciamento ambiental, com doação de R$ 1,5 milhão em equipamentos ao Ibama. A iniciativa visa promover inovação e segurança jurídica nos processos, fortalecendo a capacidade técnica do órgão.
Estudo da USP revela que a economia azul no Brasil representa 2,91% do PIB e 1,07% do emprego, destacando sua interconexão com cadeias econômicas internas e a necessidade de políticas integradas.