O projeto do governo chileno para reabrir uma rodovia no Parque Nacional Alerce Costero ameaça a sobrevivência da Gran Abuelo, árvore de 5.400 anos, gerando protestos de cientistas e comunidades locais.

Uma árvore chilena de 5.400 anos, conhecida como Gran Abuelo, está ameaçada por um projeto do governo que visa reabrir uma rodovia cortando o Parque Nacional Alerce Costero. Essa estrada, discutida desde 2008, é defendida pelas autoridades como uma forma de conectar cidades e estimular o turismo, mas críticos apontam que seu verdadeiro objetivo é facilitar a extração de lítio na Argentina, levando-o ao Chile para exportação.
Jonathan Barichivich, cientista ambiental que cresceu na região, destaca a importância da Gran Abuelo e outras árvores de alerce para a pesquisa sobre mudanças climáticas. Ele e sua equipe buscam entender como essas árvores, que são sensíveis às alterações climáticas, podem ajudar a reconstruir padrões climáticos de milhares de anos. A Gran Abuelo, com um diâmetro de tronco extenso, requer métodos estatísticos para estimar sua idade, o que gera debates sobre qual árvore é a mais antiga do mundo.
As árvores de alerce são consideradas enciclopédias naturais, com a capacidade de fornecer dados sobre temperaturas da Terra de até 5.680 anos atrás. Além disso, elas desempenham um papel crucial na captura de carbono, sendo essenciais para entender como as florestas reagem ao aquecimento global. O crescimento dessas árvores está diretamente relacionado à quantidade de carbono que conseguem absorver, o que é vital para as projeções sobre a capacidade das florestas de mitigar as mudanças climáticas.
Entretanto, a proposta de reabertura da rodovia levanta preocupações sérias. O Movimento pela Defesa do Alerce Costero afirma que a construção da estrada resultaria na morte imediata de 850 árvores de alerce e na deterioração do habitat de outras 4.308. Barichivich também critica a justificativa do governo, afirmando que a estrada facilitaria o transporte de madeira, beneficiando grandes exportadores de celulose.
Além da destruição direta das árvores, a nova estrada aumentaria o risco de incêndios florestais, que frequentemente começam nas proximidades de vias. Dados mostram que mais de 90% das queimadas no Chile têm origem perto de estradas. A cientista Rocio Urrutia alerta que um grande incêndio poderia eliminar as últimas populações de alerce, uma espécie já ameaçada de extinção.
Recentemente, cientistas publicaram um relatório na revista Science, alertando sobre os perigos do projeto. A pressão da comunidade científica e dos moradores locais fez o governo recuar temporariamente. O trabalho contínuo de pesquisadores e da comunidade é vital para a preservação da Gran Abuelo e do ecossistema local. A união em torno dessa causa pode ser a chave para garantir a proteção dessas árvores milenares e o futuro do meio ambiente na região.

A Polícia Federal apreendeu 600 jabutis em um ônibus no Rio de Janeiro, evidenciando o tráfico ilegal de animais silvestres, um crime que compromete a biodiversidade e gera lucros exorbitantes. Os jabutis, que seriam entregues na Baixada Fluminense, foram encontrados em condições precárias, refletindo a gravidade do tráfico, que afeta milhares de espécies no Brasil e no mundo.

Líderes do BRICS lançam plano para aumentar financiamento climático, exigindo cumprimento de promessas de países ricos e propondo US$ 300 bilhões anuais até 2035 para países em desenvolvimento.

Ibama aprova conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada da Petrobras, permitindo vistorias e simulações para responder a derramamentos de óleo na Bacia da Foz do Amazonas. A continuidade do licenciamento depende da viabilidade operacional do plano.

Infestação do borrachudo, Simulium spp, preocupa moradores do Itanhangá. Ações conjuntas entre autoridades visam combater o inseto com limpeza de rios e uso de BTI, buscando restaurar o equilíbrio ambiental.

Denúncias de descarte irregular de lixo em São Paulo aumentaram 32% no primeiro trimestre de 2025, totalizando 51.845 reclamações. A prefeitura intensifica fiscalização e coleta, incluindo a Operação Cata-Bagulho.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, lançou o Balanço Ético Global (BEG) em preparação para a COP30, que ocorrerá em Belém, propondo ações climáticas e financiamento de US$ 1,3 trilhão anuais. O BEG visa integrar ética nas negociações climáticas, destacando a necessidade de compromisso coletivo para enfrentar a crise ambiental.