Dois sauins-de-coleira se recuperam no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Manaus, destacando a grave ameaça à espécie, que teve sua população reduzida em 80% desde 1997. A conservação depende de ações efetivas e engajamento social.

Manaus/AM (03 de julho de 2025) - Dois sauins-de-coleira (Saguinus bicolor) estão em processo de recuperação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Manaus. Os recentes acidentes envolvendo a espécie ressaltam a gravidade da situação desse primata, que é um símbolo da capital amazonense e figura entre os 25 primatas mais ameaçados do mundo, segundo o relatório Primates in Peril: The World’s 25 Most Endangered Primates 2023–2025.
Endêmico da Amazônia, o sauim-de-coleira vive em uma área restrita no estado do Amazonas, abrangendo apenas Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara. O habitat da espécie é tão limitado que qualquer intervenção humana provoca impactos severos. O crescimento desordenado das cidades, o desmatamento e as ocupações irregulares fragmentam e destroem seu ambiente natural, enquanto o aumento de atropelamentos e acidentes com redes elétricas se intensifica nas áreas urbanas em expansão.
Esse pequeno primata, que mede cerca de 32 centímetros e pesa até 550 gramas, desempenha um papel ecológico crucial. Sua alimentação diversificada, que inclui insetos, frutas, néctar, ovos e pequenos vertebrados, contribui para a dispersão de sementes e o controle de insetos, alguns dos quais são vetores de doenças. Desde dois mil e onze, o Plano de Ação Nacional (PAN) Sauim-de-Coleira, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), busca evitar a extinção da espécie com ações de restauração florestal, pesquisas e campanhas de educação ambiental.
Entretanto, especialistas alertam que, sem um controle efetivo da expansão urbana e a fiscalização de ocupações ilegais, as medidas do plano podem ser insuficientes. O Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicado em dois mil e vinte pelo ICMBio, revelou que a população do sauim-de-coleira caiu em oitenta por cento desde mil novecentos e noventa e sete, restando cerca de 45 mil indivíduos, dos quais pouco mais de 20 mil são adultos.
Classificado como “criticamente em perigo” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e pelo Ministério do Meio Ambiente, o sauim-de-coleira não é apenas um primata ameaçado, mas também um elo cultural entre o povo manauara e a biodiversidade amazônica. Enquanto os sauins feridos se recuperam no Cetas, o futuro de milhares deles na natureza continua incerto, dependendo de políticas públicas eficazes e do engajamento da sociedade.
Em meio a essa luta pela sobrevivência, é fundamental que a comunidade se una em prol da conservação dessa espécie. A mobilização social pode ser um fator decisivo para garantir a proteção do sauim-de-coleira e seu habitat, promovendo ações que ajudem a preservar essa joia da Amazônia.

O rendimento pesqueiro no Alto Rio Paraná caiu 50% em duas décadas devido à invasão de espécies exóticas e à degradação ambiental, afetando a economia local e a biodiversidade. O estudo revela que espécies nativas diminuíram em tamanho e quantidade, enquanto invasoras, como o tucunaré, se tornaram mais abundantes e prejudiciais ao setor pesqueiro.

Regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil enfrentam um veranico, elevando as temperaturas em até 5ºC e aumentando o risco de queimadas. O fenômeno deve durar até segunda-feira (25), impactando a qualidade do ar.

A sanção da Lei nº 15.042/2024 estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões, promovendo leilões centralizados de créditos de carbono e potencializando investimentos em sustentabilidade. O Brasil busca se posicionar como líder na transição climática global, alinhando interesses públicos e privados.

A Corte Internacional de Justiça declarou que acordos climáticos são legalmente obrigatórios, responsabilizando países por não cumprirem metas de emissões. Essa decisão histórica, que surge antes da COP30 no Brasil, estabelece consequências legais para violações climáticas e reforça a conexão entre mudanças climáticas e direitos humanos.

Marina Silva anunciou que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) deve ser lançado até a COP-30, com a meta de mobilizar mais de US$ 150 bilhões para 70 países. O governo critica a falta de financiamento climático.

O inverno de 2025 traz temperaturas de 3 °C a 5 °C mais baixas em São Paulo, aumentando a demanda por energia e medicamentos, e impactando saúde, agronegócio e turismo. O meteorologista Guilherme Martins, da Nottus, destaca que a mudança climática gera consequências econômicas, com um aumento de 107% nos casos de gripe em 2024. O setor de saúde enfrenta pressão, enquanto a demanda por energia elétrica e gás natural cresce. O agronegócio apresenta um cenário misto, e o varejo se beneficia com vendas de produtos de inverno. O turismo também é afetado, com migração de turistas para regiões mais quentes.