Desabamento do Aterro Sanitário Ouro Verde em Padre Bernardo (GO) leva Semad a desviar o Córrego Santa Bárbara e retirar 42 mil metros cúbicos de lixo, após falhas da empresa responsável. Medidas emergenciais são urgentes.
Diante dos sérios danos ambientais causados pelo desabamento do Aterro Sanitário Ouro Verde, em Padre Bernardo (GO), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) anunciou medidas emergenciais. As ações incluem o desvio do leito do Córrego Santa Bárbara, a retirada de 42 mil metros cúbicos de lixo e o esvaziamento das três lagoas de chorume do aterro. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira, 30 de junho, após um relatório técnico da Semad indicar que as ações anteriores foram insuficientes.
O relatório destaca que as equipes técnicas atuaram com rapidez e dentro de suas competências, mas a falta de resposta efetiva da empresa responsável comprometeu a continuidade das ações emergenciais. A Semad enfatiza a necessidade de adotar medidas mais rigorosas contra a empresa e de fortalecer a articulação com outros órgãos de fiscalização e controle, como o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.
Os técnicos da Semad já estão elaborando os documentos necessários para a contratação dos serviços de remoção e contenção. Em nota, a secretaria informou que os órgãos envolvidos no gabinete de crise iniciarão os procedimentos em breve, embora ainda não haja uma data definida para o início das intervenções.
Recentemente, a inércia da empresa Ouro Verde foi evidenciada quando, no dia 27 de junho, seus representantes garantiram que realizariam o desvio do córrego bloqueado pelo desabamento. No entanto, no dia seguinte, os órgãos de fiscalização constataram que a proposta era inviável, pois não considerava o aumento do nível da água represada e as características do relevo local.
A empresa também não tomou medidas para implantar um barramento que impediria o transporte de resíduos até o Rio do Sal, caso ocorresse um novo colapso. Além disso, não foram realizadas ações como o bombeamento de água contaminada para bacias de contenção e o monitoramento da qualidade da água, que são essenciais para evitar a ampliação do desastre.
Vítimas do acidente podem precisar de ajuda na recuperação desse incidente, e a mobilização da sociedade civil é fundamental para apoiar projetos que visem a mitigação dos danos e a recuperação ambiental. A união da comunidade pode fazer a diferença em situações como essa, promovendo ações que beneficiem os mais afetados.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a legislação ambiental do Brasil em discurso, ressaltando sua relevância para investimentos e criticando a inação dos países ricos em promessas climáticas. Após ser hostilizada no Congresso, Marina destacou a segurança jurídica e a importância do marco regulatório, enquanto projetos que flexibilizam normas de fiscalização avançam. Ela também criticou a falta de compromisso das nações desenvolvidas em relação às metas climáticas.
Janez Potocnik ressalta a urgência da economia circular e a desmaterialização como soluções para as mudanças climáticas, destacando o papel do Brasil na COP30. A economia deve servir ao ser humano, não o contrário.
Ibama inicia ações emergenciais para conter contaminação do litoral potiguar após naufrágio da embarcação Harmonia, que liberou óleo em Extremoz e Ceará-Mirim. Sete contentores com material oleoso foram identificados.
Nova Iguaçu enfrenta incêndios florestais e forma Brigada Voluntária para combate. A Prefeitura local abre inscrições até 22 de abril para capacitar moradores no enfrentamento das chamas, após seis incêndios que devastaram quase 29 hectares. A Brigada Florestal Voluntária, em parceria com o Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil, visa preparar cidadãos para atuar na proteção ambiental.
Thelma Krug, vice-presidente do IPCC, alerta sobre a fragilidade do Acordo de Paris e os desafios da COP30 no Brasil, destacando a urgência da justiça climática e a preservação das florestas tropicais. A cientista enfatiza a necessidade de um plano estratégico para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, que afetam diretamente o Brasil.
Brasil investe R$ 150 milhões para restaurar florestas e mitigar emissões de carbono, com foco em reflorestamento e recuperação de áreas degradadas até 2030. A meta é restaurar 12 milhões de hectares, essencial para a economia de baixo carbono.