A América Latina encerrou todos os planos para novas usinas termelétricas a carvão, com o cancelamento de projetos no Brasil e Honduras, segundo a Global Energy Monitor. Essa mudança sinaliza um avanço em direção a fontes de energia mais limpas.
A América Latina eliminou todos os planos para a construção de novas usinas termelétricas a carvão, um dos tipos de geração de energia que mais emitem gases do efeito estufa. Essa mudança foi confirmada pelo engavetamento de projetos em Honduras e no Brasil, conforme divulgado pela ONG Global Energy Monitor (GEM). Com isso, a região, que em 2015 tinha planos para dezoito usinas totalizando 7,3 gigawatts (GW), não possui mais propostas ativas para novas usinas a carvão.
O cancelamento do projeto da usina Puente Alto Energy, de 0,1 GW, em Honduras, e a proposta da usina termelétrica Ouro Negro, em Pedra Altas (RS), com 600 megawatts de capacidade, foram os principais fatores que levaram a essa nova realidade. A GEM destacou que não houve progresso no licenciamento da usina Ouro Negro desde agosto de 2023, quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) rejeitou os planos de gerenciamento de riscos e resposta a emergências.
Além disso, não há novas usinas a carvão propostas nos leilões nacionais de energia do Brasil neste ano. O mais recente Plano Decenal de Energia do país projeta uma queda na geração de energia a carvão até 2034. A usina Ouro Negro, que conta com capital chinês, não teve sucesso em leilões anteriores devido à competitividade de fontes de energia mais limpas e baratas.
O engavetamento dos últimos projetos de usinas a carvão na América Latina reflete uma tendência mais ampla de declínio na energia a carvão na região. Desde 2019, nenhuma proposta avançou no processo de licenciamento, e não houve início de novas construções desde 2016. A única usina a carvão ainda em construção, a usina Río Turbio, na Argentina, enfrenta dificuldades técnicas e orçamentárias.
Apesar da eliminação de novos projetos, a região ainda mantém usinas a carvão em operação, como no México (4 GW), na República Dominicana (1,1 GW) e no Brasil (0,6 GW). O Brasil, que gasta mais de R$ 1 bilhão ao ano subsidiando esse tipo de energia, poderia se beneficiar ao se tornar membro da Powering Past Coal Alliance (PPCA), demonstrando sua intenção de não construir novas usinas a carvão.
A mudança em Honduras serve como um exemplo para outros países da América Latina, mostrando que um futuro livre de carvão é viável. A GEM enfatiza que o Brasil tem a oportunidade de liderar a transição para a energia limpa, contribuindo para o cumprimento do Acordo de Paris. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que incentivem a transição para fontes de energia sustentáveis e limpas.
Pablito Aguiar lança "Água até aqui", um livro que narra histórias de sobrevivência da enchente no Rio Grande do Sul em 2024, destacando a luta de pessoas e um cavalo afetados pela tragédia climática. A obra, com 136 páginas, é uma reflexão sobre o impacto das mudanças climáticas e a resiliência humana.
A Câmara dos Deputados aprovou o PL 2.159/2021, que facilita o licenciamento ambiental e permite a supressão da Mata Atlântica sem autorização do Ibama. O veto presidencial é crucial para evitar retrocessos.
A população de baleias jubarte, que quase foi extinta na década de 1980, agora chega a 30 mil, com avistagens em novas regiões, como Ilhabela, e um guia de segurança foi criado para proteger os animais e turistas.
O governo liberou R$ 150 milhões do Fundo Amazônia para o "Projeto Manejo Integrado do Fogo", focando no combate a queimadas no Cerrado e Pantanal, pela primeira vez fora da Amazônia Legal. A medida, aprovada pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, visa fortalecer a estrutura de combate a incêndios em seis estados, respondendo a emergências ambientais.
Dr. Carlos Nobre introduziu o termo "Trumping Point", referindo-se ao impacto sociopolítico das decisões de Donald Trump na luta contra as mudanças climáticas, destacando a urgência da COP30 no Brasil.
A mobilização contra o projeto de lei 2.159/2021, que altera o licenciamento ambiental, ganhou força com a hashtag #PLdaDevastação, impulsionada por artistas e ativistas. Com mais de 294 mil menções, a hashtag se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, refletindo a preocupação de cientistas e ambientalistas sobre os impactos negativos da proposta. Celebridades como Anitta e Débora Bloch estão engajadas em adiar a votação, que pode agravar a degradação ambiental e afetar acordos internacionais do Brasil.