A ativista Orsola de Castro propõe uma mudança radical no consumo de moda, sugerindo a compra de apenas três peças novas por ano e a valorização do conserto. Essa iniciativa visa reduzir o impacto ambiental da indústria, que gera enormes quantidades de resíduos e emissões.
A ativista Orsola de Castro, fundadora da campanha Fashion Revolution, propõe uma mudança significativa no consumo de moda, sugerindo que cada pessoa compre apenas três peças novas por ano. Em seu livro Loves Clothes Last, publicado em 2021, ela destaca a quantidade de roupas em perfeito estado que são descartadas devido a pequenos danos, como zíperes quebrados. Castro questiona a lógica de descartar uma peça por um conserto simples e chama a atenção para a necessidade de repensar nossos hábitos de consumo.
A indústria da moda é responsável por uma parte significativa das emissões globais de gases de efeito estufa, variando entre 2% e 8%, e consome cerca de 215 bilhões de litros de água anualmente. Além disso, gera aproximadamente 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano, o que equivale a um caminhão de lixo cheio de roupas descartadas a cada segundo. Apesar de iniciativas para melhorar a sustentabilidade, a produção anual de 80 a 100 bilhões de peças continua a impactar o meio ambiente de forma alarmante.
Ativistas como o grupo britânico Take the Jump defendem que a solução para reduzir esse impacto é simples: comprar menos. A pesquisa da organização ambientalista Wrap revela que prolongar a vida útil de uma peça de roupa em apenas nove meses pode reduzir seu impacto ambiental em até 10%. Isso implica em adquirir roupas de melhor qualidade e cuidar delas adequadamente, algo que se perdeu ao longo das gerações.
O ato de cuidar das roupas é essencial. A designer Sam Weir, fundadora da Lotte.V1, enfatiza que muitas pessoas não utilizam o que têm devido à busca incessante por novas combinações. Ela sugere que, ao reaproveitar peças antigas, é possível criar looks novos e únicos, estimulando a criatividade e a expressão pessoal sem a necessidade de novas compras.
Além de comprar com consciência, o cuidado com as roupas é fundamental. Especialistas recomendam lavar menos as peças e utilizar detergentes suaves, já que a lavagem excessiva danifica os tecidos e contribui para a poluição. Armazenar as roupas de forma adequada também é crucial para prolongar sua vida útil. A organizadora profissional Katrina Hassan sugere que, ao manter as roupas visíveis, aumenta-se a probabilidade de cuidar delas.
Por fim, a habilidade de consertar roupas pode transformar a relação que temos com elas. Tessa Solomons, consultora de moda sustentável, destaca que aprender a fazer pequenos reparos evita que muitas peças sejam descartadas. Esse cuidado não apenas valoriza o trabalho dos confeccionistas, mas também contribui para a preservação do meio ambiente. Nessa perspectiva, a união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para promover mudanças significativas e sustentáveis na indústria da moda.
A edição de 2025 do WSL Layback Pro Prainha, de 9 a 13 de julho, terá status QS 4000, atraindo surfistas e famílias com atividades diversas e premiação de US$ 60 mil. O evento promove também a preservação ambiental.
A COP30, que ocorrerá em Belém (PA) de 10 a 21 de novembro de 2025, divulgou seu calendário temático, promovendo a inclusão de diversos setores na discussão sobre a crise climática. A programação, com mais de 30 temas interligados, visa facilitar a participação de governos, empresas e sociedade civil, além de incluir eventos culturais e apresentações de projetos. Ana Toni, CEO da COP30, destaca a importância de engajar todos os setores na busca por soluções coletivas.
O Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais entre 1985 e 2024, reduzindo a vegetação nativa de 80% para 65%, com a agropecuária como principal responsável. O MapBiomas alerta para a urgência de políticas que equilibrem produção agrícola e preservação ambiental.
O Observatório do Clima critica a organização da COP30 em Belém, apontando que os altos preços de hospedagem podem tornar o evento excludente e prejudicar a participação internacional. A falta de soluções do governo pode resultar em um evento esvaziado e com baixa credibilidade.
A concessionária Águas do Rio iniciou a recuperação do Rio Maracanã, reduzindo em 25 milhões de litros mensais o esgoto despejado, com intervenções que visam despoluir a Baía de Guanabara. A primeira fase já mapeou dez quilômetros do rio e a próxima etapa focará na instalação de coletores para captar esgoto nas redes de drenagem.
Deslizamento do aterro sanitário em Padre Bernardo (GO) causa desastre ambiental, afetando nascentes e a qualidade de vida dos moradores. Prefeitura declara emergência e pede fechamento definitivo do lixão.