Brasil investe R$ 150 milhões para restaurar florestas e mitigar emissões de carbono, com foco em reflorestamento e recuperação de áreas degradadas até 2030. A meta é restaurar 12 milhões de hectares, essencial para a economia de baixo carbono.
Em 9 de outubro de 1970, a construção da Transamazônica foi oficialmente iniciada em Altamira, Pará, durante o governo do general Emílio Médici. Essa rodovia, que conecta o Amazonas à Paraíba, teve um impacto profundo na Floresta Amazônica, facilitando o acesso à região e resultando em um aumento significativo do desmatamento. Desde então, cerca de 20% da floresta desapareceu, conforme dados da ONG WWF. A degradação da Amazônia é responsável por trinta por cento das emissões de gases de efeito estufa no Brasil.
Em resposta a essa crise ambiental, o Brasil anunciou em 2023 um plano ambicioso para restaurar doze milhões de hectares até 2030, focando no reflorestamento e na recuperação de áreas degradadas. Em abril, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, revelou um investimento de R$ 150 milhões para restaurar 137 terras indígenas localizadas no “Arco do Desmatamento”, uma área crítica que se estende do leste do Maranhão ao Acre. O projeto será financiado pelo Fundo Amazônia, que recebe doações internacionais.
Além disso, a Caixa Econômica Federal, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, anunciou a liberação de R$ 50 milhões em crédito para a recuperação de áreas degradadas, priorizando famílias que dependem da agricultura sustentável. O governo federal busca resultados concretos para apresentar na 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que ocorrerá em novembro em Belém.
O compromisso do Brasil de restaurar doze milhões de hectares até 2030 visa sequestrar pelo menos 1,2 gigatonelada de carbono da atmosfera em duas décadas, o que equivale a retirar treze milhões de carros a combustão das ruas nesse período. Para garantir o sucesso do plano, é essencial atrair investimentos do setor privado, conforme destaca Subhra Bhattacharjee, diretora-geral do Conselho de Manejo Florestal.
O custo estimado para cumprir essa meta varia entre R$ 700 milhões e R$ 1,2 bilhão anualmente, dependendo do bioma. Na Amazônia, o custo médio é de R$ 2 mil por hectare. A regeneração natural, uma técnica menos custosa, é lenta e nem sempre eficaz. Alternativas como a regeneração natural assistida e o plantio em área total são consideradas, mas exigem investimentos significativos e acompanhamento técnico.
Recentemente, a B3 realizou o primeiro leilão de concessão privada de florestas desmatadas no Brasil, visando restaurar dez mil hectares na Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu. Apesar do potencial, a baixa adesão ao leilão destaca a necessidade de desenvolver modelos de receita sustentáveis após a restauração. A implementação de um mercado regulado de carbono pode ser crucial para impulsionar projetos de restauração e garantir a viabilidade econômica das florestas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a recuperação ambiental e a preservação dos biomas.
Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) revelaram dados sobre mais de 257 mil microrganismos associados a plantas Velloziaceae nos campos rupestres brasileiros. O estudo, publicado na revista Scientific Data, destaca a importância das interações microbianas na adaptação das plantas a ambientes extremos, como solos pobres em nutrientes e períodos de seca. As informações estão disponíveis em repositórios abertos, promovendo novas pesquisas e soluções biotecnológicas para a agricultura.
Humberto Campana dá continuidade ao sonho do Parque Campana, um espaço de arte e ecologia em Brotas, promovendo educação ambiental e regeneração da natureza após a morte de seu irmão Fernando.
Ativistas e indígenas protestam em Brasília por uma transição energética justa na COP30. Durante o ato, uma faixa de 30 metros e painéis solares foram levados ao Itamaraty, destacando a urgência de ouvir os povos originários nas negociações climáticas. A COP30, que ocorrerá em Belém, abordará temas cruciais como justiça climática e financiamento ambiental.
Brasil investe R$ 150 milhões para restaurar florestas e mitigar emissões de carbono, com foco em reflorestamento e recuperação de áreas degradadas até 2030. A meta é restaurar 12 milhões de hectares, essencial para a economia de baixo carbono.
Desmatamento ilegal no Mato Grosso afeta onças pintadas e gera multas. Uma fazenda desmatrou mil hectares em área protegida, resultando em penalidades e comprometendo a biodiversidade local. A onça pintada, símbolo da fauna brasileira, perdeu 27 milhões de hectares de habitat, com a maioria das infrações ocorrendo sem autorização legal.
Cemaden lança questionário para avaliar a preparação de municípios para desastres climáticos. A iniciativa visa fortalecer a resposta a eventos extremos, como chuvas e secas, com prazo até 1º de julho.