O cerrado, vital para a agropecuária e recursos hídricos do Brasil, enfrenta uma severa crise hídrica, com queda de 21% na precipitação e 27% na vazão dos rios, além de incêndios devastadores. A pressão do agronegócio e a mudança climática agravam a situação, colocando em risco a vegetação e a biodiversidade do bioma.
O cerrado, um bioma essencial para a agropecuária e os recursos hídricos do Brasil, enfrenta uma grave crise. Dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico revelam que a precipitação média no cerrado caiu de 680 mm anuais entre 1970 e 1979 para 539 mm de 2012 a 2021, representando uma redução de 21%. Essa diminuição na chuva impacta diretamente a vazão dos rios, que também sofreu uma queda de 27%, passando de 4.742 m³/s para 3.444 m³/s.
O relatório "Cerrado: O Elo Sagrado das Águas do Brasil", da Ambiental Media, destaca que a savana já perdeu metade de sua vegetação original, enquanto a Amazônia perdeu menos de 20%. O agronegócio, que representa um terço do PIB do setor no Centro-Oeste, é um dos principais responsáveis pela pressão sobre o cerrado, especialmente com a produção de soja, milho e carne bovina.
Este bioma cobre 25% do território nacional e é vital para oito das doze principais regiões hidrográficas do Brasil. Embora não seja a área com maior produção hidrelétrica, suas cabeceiras alimentam rios que abastecem barragens em outras partes do país. O cerrado, adaptado ao fogo sazonal, está sendo severamente afetado por incêndios provocados pelo uso antrópico das chamas para manejo de pastos.
De acordo com o "Relatório Anual do Fogo" do sistema MapBiomas, em 2024, o cerrado concentrou 35% do total queimado no Brasil. Entre 1985 e 2024, aproximadamente 37 mil km² da área foram afetados por incêndios em pelo menos 16 ocasiões. Yuri Salmona, coordenador do estudo, compara o cerrado a um coração que pulsa água pelo Brasil, alertando que "esse coração está infartando".
A mudança climática agrava essa situação, e o agronegócio, que é tanto responsável pela devastação quanto vítima desse desequilíbrio, ainda não reconheceu a gravidade do problema. A urgência em agir é evidente, pois a degradação do cerrado pode comprometer não apenas a biodiversidade local, mas também a segurança hídrica de diversas regiões do Brasil.
Nesta conjuntura, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem a preservação do cerrado e a recuperação de áreas degradadas. A união em torno de projetos que promovam a sustentabilidade e a proteção ambiental pode fazer a diferença na luta contra a degradação desse bioma vital.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de "perigo" e "perigo potencial" para chuvas intensas e geadas em várias regiões do Brasil, com riscos de alagamentos e deslizamentos. As temperaturas permanecem baixas no Rio de Janeiro e em São Paulo, enquanto o Centro-Oeste enfrenta tempo chuvoso. A previsão inclui tempestades no Acre e Amazonas, além de chuvas fortes no sul da Bahia. O Inmet recomenda cautela à população e orienta sobre cuidados em áreas afetadas.
O Cerrado, bioma rico em biodiversidade, ganha destaque em Brasília com o aumento do interesse por plantas alimentícias não convencionais (PANCs), como ora-pro-nóbis e taioba, que promovem segurança alimentar e recuperação do solo.
Governo Lula pressiona Ibama para liberar licença da Petrobras para perfuração no bloco 59 da Foz do Amazonas, enquanto a falta de avaliação ambiental pode comprometer leilão de novos blocos em junho.
São Paulo enfrenta o abril mais chuvoso em três décadas, com 145,8 mm de precipitação, superando em 133,3% a média esperada. A Defesa Civil alerta para temperaturas baixas, com mínimas entre 12°C e 16°C.
A exposição “Olhar ao Redor” foi inaugurada na Biblioteca Nacional, destacando a biodiversidade da Ilha do Bom Jesus. A mostra, com entrada gratuita até junho, visa conscientizar sobre os impactos da urbanização.
Operação "Gelo Podre" investiga fornecimento de gelo contaminado em quiosques da Barra da Tijuca e Recreio. Fábrica na Cidade de Deus foi interditada por uso de água poluída, e um responsável foi detido.