O Pampa, bioma brasileiro, enfrenta grave perda de vegetação campestre, com 140 mil hectares desaparecendo anualmente e apenas 0,5% protegido, exigindo urgente valorização e proteção. A transformação em lavouras de soja é a principal causa dessa devastação.
O Brasil é amplamente reconhecido por suas florestas, especialmente a Amazônia e a Mata Atlântica, que são frequentemente associadas à preservação ambiental. Contudo, essa visão pode obscurecer a importância de outros biomas, como o Pampa, que enfrenta uma grave crise de conservação. Desde 1985, o Pampa perdeu uma quantidade alarmante de áreas naturais, com uma média de 140 mil hectares desaparecendo anualmente, enquanto apenas 0,5% do bioma está protegido.
O Pampa, que representa apenas 2,3% do território nacional, abriga cerca de 9% da biodiversidade brasileira, com mais de 12.500 espécies, muitas delas exclusivas dessa região. A vegetação predominante é campestre, composta por plantas herbáceas e arbustos, com uma cobertura de apenas 31,3%. A transformação dessas áreas em lavouras de soja, uma das principais commodities do Brasil, é a principal causa dessa perda significativa.
Além disso, a legislação atual não considera a remoção da vegetação campestre como desmatamento, o que agrava a situação. O termo "descampamento" poderia ser mais apropriado, pois o que está sendo perdido são campos naturais, não florestas densas. A queda no desmatamento florestal no Rio Grande do Sul, por exemplo, não reflete a realidade do Pampa, onde a vegetação nativa está desaparecendo silenciosamente.
Desde 2012, a análise da cobertura vegetal do MapBiomas mostra que a perda de campos nativos no Pampa é alarmante. Em 1985, existiam 9,6 milhões de hectares de campos, que hoje foram reduzidos para apenas 6,1 milhões. Se essa tendência continuar, em cerca de 44 anos não restarão campos nativos. A agricultura já ocupa mais de 45% do bioma, com 63% dessa área dedicada a lavouras.
As brechas legais que permitem a manutenção de áreas invadidas por espécies exóticas, como o capim-annoni, como "uso consolidado" são uma preocupação adicional. Essas áreas, mesmo que possam ser revertidas, são reconhecidas legalmente e podem ser mantidas, prejudicando ainda mais a conservação do Pampa. Proteger esses campos é essencial não apenas para a natureza, mas também para a identidade cultural e a sociodiversidade da região sul do Brasil.
A perda de espécies e paisagens nativas compromete serviços ecossistêmicos que ajudam a mitigar os efeitos de enchentes e mudanças climáticas. A sociedade civil, os governos e os legisladores precisam reconhecer a importância das vegetações não florestais e agir para proteger o Pampa. Nessa luta, a união da comunidade pode fazer a diferença, promovendo iniciativas que valorizem e preservem essa rica biodiversidade.
O Cânion Peruaçu, em Minas Gerais, foi reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, sendo o primeiro sítio arqueológico mineiro a receber tal título. A decisão, anunciada em Paris, destaca a rica biodiversidade e os 114 sítios arqueológicos da região, com vestígios de até 12 mil anos. O reconhecimento deve impulsionar o turismo e a economia local, resultado de esforços conjuntos dos governos federal e estadual.
Iguá Saneamento enfrenta críticas após Agenersa identificar irregularidades no tratamento de esgoto na Barra da Tijuca e Jacarepaguá, resultando em investigações e multas. A concessionária, responsável por atender 1,2 milhão de pessoas, alega que a modernização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é necessária, mas enfrenta questionamentos sobre a eficácia do tratamento preliminar.
O plano da Coalizão para a Descarbonização dos Transportes, lançado em 2025, busca eletrificar 50% dos carros e 300 mil ônibus até 2050, com investimentos de R$ 600 bilhões e redução de 35% nas emissões de CO2.
A Operação Mata Viva do Ibama embargou mais de 1.600 hectares da Mata Atlântica no Rio Grande do Norte, resultando em R$ 2 milhões em multas por atividades ilegais. Apenas 2,5% da cobertura original do bioma permanece.
Estudo revela a evolução da poluição por metais no Lago das Garças, destacando a queda do chumbo após 1986 e a persistência de outros metais, reforçando a necessidade de políticas ambientais eficazes.
O Programa Amazônia Azul, apresentado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, busca promover o desenvolvimento sustentável na fronteira marítima do Brasil. O lançamento está previsto para outubro.