Iguá Saneamento enfrenta críticas após Agenersa identificar irregularidades no tratamento de esgoto na Barra da Tijuca e Jacarepaguá, resultando em investigações e multas. A concessionária, responsável por atender 1,2 milhão de pessoas, alega que a modernização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é necessária, mas enfrenta questionamentos sobre a eficácia do tratamento preliminar.
A Iguá Saneamento, responsável pelo tratamento de esgoto em áreas como Barra da Tijuca e Jacarepaguá, enfrenta sérias críticas após a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) identificar irregularidades em suas operações. A situação se agravou após uma visita técnica em setembro, onde foi constatado o lançamento de esgoto sem o tratamento adequado no emissário submarino da região.
As descobertas levaram a uma série de investigações, incluindo ações do Ministério Público e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que buscam apurar possíveis danos ambientais. Além disso, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) convocou uma audiência pública para discutir as falhas na gestão da Iguá, que paralisou a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra para reformas desde 2023.
A Agenersa criticou a decisão da Iguá de interromper totalmente as operações da ETE, sugerindo que a modernização poderia ser feita em etapas para evitar o despejo de esgoto não tratado. A concessionária, por sua vez, defende que a paralisação é necessária para a execução das obras, alegando que o tratamento preliminar realizado nas estações elevatórias é suficiente.
O relatório da Agenersa também apontou problemas em sete estações elevatórias, que podem causar extravasamentos e comprometer a qualidade do ar. Apesar dos investimentos de R$ 120 milhões, a Iguá afirma que todas as estações estão operando adequadamente e que a modernização da ETE será concluída até o final do ano, quando o tratamento primário completo será retomado.
O oceanógrafo David Zee, que acompanha a situação desde a inauguração do emissário em 2007, ressaltou que o tratamento preliminar é uma prática comum em outros estados e países, mas a falta de transparência sobre o tratamento primário levanta preocupações. A Iguá também se comprometeu a investir R$ 250 milhões na despoluição das lagoas da região, embora especialistas afirmem que o valor necessário para a recuperação total seria muito maior.
Recentemente, a prefeitura do Rio aplicou multas à Iguá, totalizando mais de R$ 5 milhões, devido a irregularidades nas obras que afetaram os lagos do Bosque da Barra. A concessionária planeja recorrer das multas, alegando que a seca nos lagos é resultado de uma estiagem anormal. Em meio a essas questões, a mobilização da sociedade civil é crucial para garantir que as promessas de melhorias sejam cumpridas e que a saúde ambiental da região seja preservada.
A prefeitura de São Paulo avança na instalação de câmeras e jardins de chuva no Minhocão, visando melhorar a segurança e a estética da área. A iniciativa, parte do programa Smart Sampa, busca transformar o espaço urbano.
O veto parcial à nova lei de licenciamento ambiental pode comprometer as metas do Novo Marco do Saneamento Básico, segundo a Abcon Sindcon. Com 518 processos pendentes em São Paulo, a burocracia atrasa a universalização do saneamento.
Após o desabamento do Aterro Sanitário Ouro Verde em Padre Bernardo (GO), a Secretaria de Meio Ambiente de Goiás anunciou o desvio do córrego Santa Bárbara e a remoção de 42 mil metros cúbicos de lixo. A empresa Ouro Verde se comprometeu a colaborar com as autoridades na recuperação ambiental.
Um estudo inédito revela que mudanças climáticas e microplásticos afetam a reprodução de fungos aquáticos nos igarapés amazônicos, comprometendo a saúde dos ecossistemas. Pesquisadores da UFPA, INPA, UFBA e UFMT alertam para a desaceleração da decomposição, impactando a cadeia alimentar e a qualidade da água.
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2.159/2021, que institui a Licença Ambiental Especial e o autolicenciamento, provocando reações negativas entre ambientalistas e especialistas. A medida é vista como um retrocesso nas políticas ambientais brasileiras, comprometendo a legislação e a imagem do país na COP30.
Moradores de Saco do Mamanguá protestam contra demolições do Inea em Paraty. O prefeito pediu suspensão das ações até esclarecimentos. A comunidade caiçara de Saco do Mamanguá, em Paraty, enfrenta tensões após o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) demolir imóveis na região, alegando que estavam em área de proteção ambiental. Moradores, que não foram avisados previamente, expressaram indignação e pedem uma posição formal do órgão. O prefeito de Paraty, Zezé Porto, também não foi notificado e solicitou a suspensão das demolições. A Defensoria Pública deu um prazo de quinze dias para o Inea esclarecer a situação.