Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, destacou a importância do Brasil como líder na COP30 e criticou a influência da indústria fóssil nas negociações climáticas, expressando otimismo sobre a transição para energias limpas.

No Rio de Janeiro, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, destacou a importância do Brasil como anfitrião da COP30 e criticou a influência da indústria de combustíveis fósseis nas negociações climáticas. Durante um treinamento de novas lideranças climáticas, Gore recordou sua participação na Eco-92 e a necessidade urgente de uma transição energética. Ele enfatizou que a crise climática é essencialmente uma crise dos fósseis, com mais de 80% do problema proveniente da queima de carvão, petróleo e gás.
Gore expressou otimismo em relação à transição para energias limpas, citando avanços na eletrificação automotiva e industrial. Ele mencionou que mais de 20% dos carros novos vendidos globalmente são elétricos, com a China liderando com cerca de 82%. A Agência Internacional de Energia afirma que já existem tecnologias disponíveis para reduzir emissões em até 65% nos próximos dez anos, o que poderia estabilizar a temperatura global imediatamente.
Apesar do cenário positivo, Gore criticou a lentidão das negociações climáticas, ressaltando que foram necessários 28 encontros para que a expressão "combustível fóssil" fosse mencionada. Ele também se mostrou preocupado com o poder que a indústria fóssil exerce sobre as decisões globais, citando o fracasso das negociações sobre plásticos em Genebra como um exemplo de como os poluidores conseguem impor sua agenda.
O Brasil, como anfitrião da COP30, enfrenta pressões para liderar um plano de eliminação dos combustíveis fósseis. Cientistas de 27 países assinaram uma carta pedindo uma postura mais firme do Brasil em relação ao "phase-out" do petróleo, especialmente após o aumento das temperaturas globais. A dependência dos combustíveis fósseis na matriz energética global é um obstáculo significativo para a transição energética, com projeções indicando que a inação pode custar até 18% do PIB mundial até 2040.
Embora o Brasil se destaque pelo uso de fontes renováveis, o governo enfrenta um dilema político ao avançar com projetos de exploração de petróleo em áreas ambientalmente sensíveis. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a exploração de reservas de óleo e gás como forma de financiar a transição energética, o que gera tensões entre a necessidade de proteção ambiental e o desenvolvimento econômico.
Al Gore, no entanto, acredita que o Brasil possui condições únicas para liderar a agenda climática global, destacando sua abundância de recursos renováveis e um histórico de engajamento na diplomacia ambiental. A união da sociedade civil em torno de projetos sustentáveis pode ser crucial para enfrentar os desafios climáticos e promover uma mudança significativa na política ambiental.

A NK Store lançou a plataforma NK Archive, permitindo que clientes revendam suas peças sem taxas, promovendo a circularidade da moda. Iniciativas semelhantes estão sendo adotadas por marcas como Miu Miu e ALUF.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) intensifica ações para a COP 30, destacando a irrigação como tecnologia vital para a adaptação climática e mitigação de gases de efeito estufa. A parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC+) reforçam essa estratégia.

Brasil se destaca com 40 soluções climáticas, mas enfrenta polarização política que fragiliza o Ministério do Meio Ambiente. A nova organização Meridiana busca diálogo com o centro-direita para fortalecer a agenda climática.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, destacando sua biodiversidade e importância cultural. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou a necessidade de preservar essa riqueza para o equilíbrio do planeta. O governador do Maranhão, Carlos Brandão, ressaltou que a proteção do parque agora é uma responsabilidade global. Com essa nova inclusão, o Brasil passa a ter 25 Patrimônios Mundiais da UNESCO.

Estudo revela que áreas prioritárias para a biodiversidade na Amazônia enfrentam gestão fraca, com apenas oito das 65 unidades analisadas apresentando boa administração. Investimentos são urgentes para evitar extinções.

A degradação da Mata Atlântica caiu 14% em 2024, mas ainda assim 71.109 hectares foram desmatados, com eventos mais concentrados e maiores. O impacto ambiental continua alarmante, especialmente em áreas críticas.