O cerrado brasileiro registrou uma queda de 20% nos alertas de desmatamento, enquanto a Amazônia teve a segunda menor área destruída desde 2015, apesar de um leve aumento. Dados do Deter mostram avanços na proteção ambiental.
Pela primeira vez em quatro anos, o cerrado brasileiro registrou uma redução de 20% nos alertas de desmatamento, conforme dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente. No mesmo período, a Amazônia teve a segunda menor área destruída desde 2015, apesar de um leve aumento em relação ao ciclo anterior. Os dados são do Deter, sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza imagens de satélite para emitir alertas sobre a supressão da floresta.
Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o cerrado apresentou 5.555 km² de alertas de desmatamento, uma queda em relação aos 7.014 km² do ciclo anterior. A última vez que o bioma havia mostrado redução foi entre 2018 e 2019. Na Amazônia, o desmatamento foi de 4.495 km², representando um aumento de 4% em comparação com o ciclo anterior, que registrou o menor acumulado da história, de 4.321 km².
O aumento no desmatamento na Amazônia foi mais acentuado em Mato Grosso, onde houve um crescimento de 74%. O fogo foi identificado como o principal responsável pela destruição da vegetação, especialmente após um ano de recorde em queimadas e incêndios florestais. O monitoramento do Pantanal começou em 2023, e o desmatamento registrado foi de 319 km², uma redução de 72% em relação ao ciclo anterior.
Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, destacou que, embora o aumento no desmatamento na Amazônia não seja motivo para comemoração, a situação poderia ser pior sem as ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Ele ressaltou a importância das operações contra o desmatamento realizadas em 2024, que geraram reações negativas entre ruralistas.
Alexandre Prado, líder de mudanças climáticas do WWF-Brasil, afirmou que a estabilidade do desmatamento na Amazônia demonstra que é possível combater as causas das emissões de gases de efeito estufa com vontade política. Ele enfatizou que os números enviados à COP30, que ocorrerá em novembro, mostram que o Brasil deseja liderar pelo exemplo e reafirmou a necessidade de cumprir a promessa de zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030.
Esses dados ressaltam a urgência de ações coletivas para proteger nossos biomas. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem à preservação ambiental e ao combate ao desmatamento. Juntos, podemos fazer a diferença e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.
Neste domingo (1º), manifestações em oito capitais do Brasil expressaram apoio à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e protestaram contra o polêmico PL 2159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental. Os atos destacaram a insatisfação com a falta de apoio do governo Lula e a desvalorização da ministra no Senado, onde enfrentou ataques. Ambientalistas alertam que o projeto pode agravar a exploração de recursos naturais e comprometer a proteção ambiental.
A Câmara aprovou o projeto de lei 2.159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental, permitindo autodeclaração por empreendedores e gerando preocupações sobre impactos ambientais. Ambientalistas alertam para um retrocesso na proteção ambiental.
Pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveram uma tecnologia que converte resíduos plásticos em hidrogênio limpo utilizando luz solar e água, prometendo reduzir a poluição e gerar energia renovável. O sistema fotocatalítico inovador, criado pelo Instituto de Ciências Básicas e pela Universidade Nacional de Seul, se destaca por sua estabilidade em diversas condições ambientais.
Após cinco anos do Marco Legal do Saneamento, 6,5% dos municípios brasileiros ainda operam com contratos irregulares, afetando 6,7 milhões de pessoas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A ineficiência das estatais e a falta de investimentos comprometem o acesso a serviços básicos, com apenas 64% das cidades irregulares tendo água encanada e 27,3% com coleta de esgoto. A legislação prevê que até 2033, 99% da população tenha água potável, mas o ritmo atual de investimentos torna essa meta distante.
O Dia do Ciclista, celebrado em 19 de agosto, destaca a mobilidade sustentável e a segurança no trânsito, em memória ao biólogo Pedro Davison, vítima de um acidente em Brasília. A audiência pública na Câmara Legislativa do DF evidenciou a crescente preocupação com a segurança dos ciclistas, enquanto o governo prioriza o transporte motorizado, comprometendo parques e espaços de lazer. É essencial repensar as políticas de mobilidade, priorizando ciclovias e transporte público, para garantir uma cidade mais segura e saudável.
Produtores de cacau na Amazônia enfrentam seca extrema em 2024, com escassez hídrica nos rios Xingu e Iriri, forçando adaptações nas práticas agrícolas e diversificação de culturas. A situação ameaça a produção e a qualidade do cacau, essencial para a economia local.