A exposição a poluentes atmosféricos e temperaturas extremas está ligada ao aumento de consultas por dermatite atópica em adultos, segundo uma metanálise recente. A pesquisa destaca a necessidade de diretrizes de saúde pública atualizadas.

A dermatite atópica, uma condição inflamatória crônica da pele, afeta até quinze por cento da população mundial. Recentemente, uma revisão sistemática e metanálise identificou que a exposição a poluentes atmosféricos e temperaturas extremas está associada a um aumento significativo nas consultas médicas relacionadas à dermatite atópica em adultos. Este estudo preenche uma lacuna importante na pesquisa, que até então focava principalmente em crianças.
Os pesquisadores descobriram que a exposição a poluentes como material particulado (MP), dióxido de nitrogênio (NO₂) e dióxido de enxofre (SO₂) resulta em um aumento de um a três por cento nas consultas de emergência e ambulatoriais para cada aumento de dez microgramas por metro cúbico na concentração desses poluentes. Além disso, temperaturas extremas, tanto altas quanto baixas, também mostraram uma associação significativa com a piora da condição.
O estudo analisou dados de quarenta e dois estudos observacionais de quatorze países, incluindo China, Coreia do Sul e Estados Unidos, abrangendo publicações de mil novecentos e oitenta e cinco até dois mil e vinte e quatro. As análises focaram em associações entre fatores ambientais, como poluição do ar e condições meteorológicas, e desfechos de dermatite atópica em adultos com dezoito anos ou mais.
Os resultados indicaram que, para cada aumento de dez microgramas por metro cúbico nos níveis de MP₁₀, houve um aumento de um por cento nas visitas a serviços de saúde. O SO₂ apresentou uma associação ainda mais forte, com um aumento de dois vírgula nove por cento nas consultas ambulatoriais. Temperaturas extremas também foram associadas a um aumento nas visitas clínicas, com um estudo específico mostrando que o risco quase dobrou quando as temperaturas caíram abaixo de zero graus Celsius.
Além disso, níveis elevados de umidade e alta precipitação podem contribuir para a gravidade da dermatite atópica. O tabagismo passivo e a poluição gerada por tráfego e indústrias também foram identificados como fatores que agravam a condição. Esses dados ressaltam a necessidade de atualizações nas diretrizes de saúde pública para lidar com os efeitos da poluição e das mudanças climáticas na saúde da população.
Com a crescente evidência de que fatores ambientais impactam a dermatite atópica, é essencial que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem mitigar esses efeitos. Projetos que promovam a conscientização e a ação em relação à poluição do ar e suas consequências podem fazer uma diferença significativa na vida de muitos que sofrem com essa condição.

Durante a celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário executivo João Paulo Capobianco debateram a tramitação do projeto de lei sobre licenciamento ambiental, criticando sua aceleração no Senado. Capobianco alertou que a versão aprovada compromete a estrutura do sistema de licenciamento, retrocedendo em termos de prevenção de impactos ambientais. O governo busca agora um consenso que preserve os avanços ambientais.

Dr. Carlos Nobre introduziu o termo "Trumping Point", referindo-se ao impacto sociopolítico das decisões de Donald Trump na luta contra as mudanças climáticas, destacando a urgência da COP30 no Brasil.

Uma nova tecnologia cerâmica, desenvolvida pela UFMG e INT, captura até 17,2% do CO2 de caminhões, com meta de 30%. O projeto visa reduzir emissões e promover economia circular com CO2 reutilizado.

Foi anunciado o Fórum de Líderes Locais da COP30, que ocorrerá no Rio de Janeiro de 3 a 5 de novembro, reunindo prefeitos e governadores para discutir soluções climáticas locais e financiamento. O evento, que antecede a conferência em Belém, visa destacar o papel das cidades na luta contra a crise climática e reforçar o multilateralismo.

Neste Dia do Meio Ambiente, a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 48% das indústrias brasileiras investem em energias renováveis, um aumento significativo em relação a 2023. O Nordeste lidera com 60% de adoção.

Uma pesquisa do INCT ReDem revela que a maioria dos brasileiros prioriza a conservação ambiental em relação ao desenvolvimento econômico, embora a inclusão do emprego diminua essa preferência. A pesquisa destaca a necessidade de políticas que integrem sustentabilidade e geração de renda.