Uma pesquisa do INCT ReDem revela que a maioria dos brasileiros prioriza a conservação ambiental em relação ao desenvolvimento econômico, embora a inclusão do emprego diminua essa preferência. A pesquisa destaca a necessidade de políticas que integrem sustentabilidade e geração de renda.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Representação e Legitimidade Democrática (ReDem) revelou que a maioria dos brasileiros prioriza a conservação ambiental em relação ao desenvolvimento econômico. Quando questionados sobre a necessidade de limites ao crescimento econômico, 53% dos entrevistados discordaram da ideia de que o meio ambiente poderia ser prejudicado, enquanto apenas 26% concordaram. A pesquisa também abordou a questão do emprego, mostrando que a inclusão desse tema diminui a preferência pela sustentabilidade em nove pontos percentuais.
Os dados indicam que 44% dos entrevistados acreditam que o desenvolvimento econômico e a criação de empregos não devem ser priorizados em detrimento do meio ambiente, enquanto 34% defendem essa prioridade. Essa tendência conservacionista é mais forte entre jovens e adultos com ensino médio e superior, além de pessoas com inclinações políticas à esquerda. Eleitores de centro mostraram-se ambivalentes, mas a preferência pela conservação ambiental se manteve superior à do desenvolvimento econômico em todos os segmentos analisados.
Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas entre homens e mulheres, a pesquisa destacou que católicos e moradores das regiões Norte e Nordeste tendem a favorecer o desenvolvimento e o emprego. O único grupo que prefere o emprego e o desenvolvimento à sustentabilidade é composto por pessoas mais velhas, com ensino fundamental e residentes do Norte e Nordeste do Brasil. Esses dados contrastam com a postura de parte da bancada conservadora, que frequentemente associa regulamentações ambientais a entraves ao crescimento econômico.
As lideranças políticas que promovem essa visão podem estar distantes do engajamento em iniciativas de desenvolvimento sustentável. Muitas vezes, utilizam narrativas que vinculam a agenda ambiental à esquerda política, o que pode moldar percepções e reforçar a polarização. Apesar da disposição da população em favor da conservação ambiental, as estratégias institucionais dessas lideranças dificultam a consolidação de uma agenda ambiental no Congresso Nacional.
É crucial desarmar as narrativas que associam a conservação ambiental a questões ideológicas, pois isso pode obscurecer consensos sociais existentes e aumentar a resistência à proteção ambiental. A pesquisa também alerta que a disposição da população em favor da conservação é consistente, mas sensível a mudanças quando o emprego é incluído como variável, indicando a necessidade de políticas que integrem desenvolvimento econômico e sustentabilidade.
Essa situação evidencia a importância de unir esforços em prol de iniciativas que promovam a conservação ambiental e o desenvolvimento econômico de forma harmônica. Projetos que busquem essa integração podem se beneficiar do apoio da sociedade civil, contribuindo para um futuro mais sustentável e justo para todos.

A Polícia Militar do Distrito Federal resgatou quatro pássaros da espécie baiano em Riacho Fundo II, autuando o responsável por crime ambiental. As aves serão reabilitadas para possível soltura.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) se prepara para a COP 30 com novos produtos financeiros, como o fundo "Colabora" e a iniciativa "Reinveste mais", visando mobilizar recursos para a agenda climática. O presidente Ilan Goldfajn destacou a importância de unir carteiras de bancos locais para atrair investidores internacionais, mesmo diante do recuo dos Estados Unidos na agenda climática. O BID busca enfrentar os desafios do financiamento climático e aumentar a entrada de capital privado em mercados emergentes.

Estudo da Unesp revela que a crise climática pode reduzir em até 50% as áreas de cultivo de café no Brasil até 2080, afetando especialmente Minas Gerais. Técnicas de manejo são sugeridas.

A Embrapa Meio Ambiente lançou o livro "Efeitos dos usos do solo sobre insetos de ambientes aquáticos brasileiros", coordenado por Kathia Sonoda, com 37 autores. A obra, gratuita e em formato digital, destaca a importância dos insetos aquáticos no biomonitoramento e nas políticas públicas.

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil lançou um guia para a criação de Coordenadorias Municipais, visando aprimorar a gestão de riscos e salvar vidas em desastres naturais. A iniciativa destaca a importância de diagnósticos locais e articulação entre instituições para respostas mais eficazes.

Filhote de onça-pintada resgatado em Roraima passa por reabilitação em Brasília, visando retorno à vida selvagem após ser criado como animal de estimação. O processo deve durar cerca de dois anos. A pequena onça, com seis meses, está sob cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, onde ganha peso e desenvolve instintos naturais. O treinamento inclui alimentação irregular e estímulos ambientais para prepará-la para a vida livre. Se não se adaptar, poderá ser encaminhada a um zoológico.