Estudo da Unesp revela que a crise climática pode reduzir em até 50% as áreas de cultivo de café no Brasil até 2080, afetando especialmente Minas Gerais. Técnicas de manejo são sugeridas.
A crise climática está impactando severamente a produção de café no Brasil, com um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) indicando que as áreas cultiváveis podem diminuir em até cinquenta por cento até 2080. O aumento das temperaturas e eventos climáticos extremos, como secas e geadas, são fatores que agravam essa situação, especialmente em Minas Gerais, o estado mais afetado.
Os pesquisadores da Unesp simularam cenários futuros baseados em cinco projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O café arábica, a variedade mais cultivada no Brasil, é particularmente vulnerável às mudanças climáticas. A pesquisa aponta que a área apta para o cultivo dessa espécie pode cair de 8,7% para 5,4% entre 2061 e 2080, podendo chegar a apenas 2,2% no cenário mais pessimista.
O aumento da temperatura global compromete elementos essenciais para o cultivo, como a temperatura do ar, que deve estar entre 18 e 23 graus Celsius, e a disponibilidade de água. Sem um equilíbrio adequado entre chuvas e temperatura, a qualidade dos grãos é afetada, resultando em problemas como o chochamento, que se caracteriza por grãos mal formados ou ausentes.
O produtor Luiz Eduardo de Bovi, que cultiva cafés especiais em São Paulo, já percebe os efeitos da crise climática em sua produção. Ele relata uma queda na renda e no tamanho dos grãos, com a proporção de café de peneira alta reduzida de oitenta para sessenta por cento. Para mitigar os impactos, ele tem adotado práticas para manter a umidade do solo.
Especialistas sugerem que a migração de áreas de cultivo para regiões mais adequadas pode ser uma solução, assim como a adoção de técnicas inovadoras. Uma delas é o "estresse hídrico", que envolve interromper a irrigação por até setenta dias durante o período seco, permitindo uma produção mais eficiente e com menor consumo de água. Outras estratégias incluem a seleção de variedades mais resistentes e o cultivo intercalado com culturas de ciclo curto.
Diante desse cenário desafiador, a união da sociedade civil é fundamental para apoiar iniciativas que visem a adaptação e a resiliência na produção de café. Projetos que promovam a pesquisa e a implementação de técnicas sustentáveis podem fazer a diferença na preservação dessa cultura essencial para a economia brasileira.
Ibama intensifica fiscalização na BR-319, resultando em apreensões de equipamentos de desmatamento, multas superiores a R$ 8 milhões e embargo de 1.600 hectares de áreas desmatadas ilegalmente. A operação visa combater crimes ambientais e proteger a Amazônia.
Iniciativa privada na Amazônia avança em práticas sustentáveis, destacando bioeconomia e tecnologias sociais, com apoio de líderes como Alex Dias de Carvalho e João Meirelles.
O colapso do lixão Ouro Verde em Goiás contaminou rios e resultou em multas de R$ 37,5 milhões à empresa responsável. A água de mananciais está proibida para uso, afetando comunidades locais.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a legislação ambiental do Brasil em discurso, ressaltando sua relevância para investimentos e criticando a inação dos países ricos em promessas climáticas. Após ser hostilizada no Congresso, Marina destacou a segurança jurídica e a importância do marco regulatório, enquanto projetos que flexibilizam normas de fiscalização avançam. Ela também criticou a falta de compromisso das nações desenvolvidas em relação às metas climáticas.
Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abandonou sessão no Senado em meio a debates acalorados sobre a pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, gerando preocupações ambientais e políticas.
Relatório revela que o Brasil pode desmatar 13,9 mil hectares em 25 anos para atender à demanda da União Europeia por veículos elétricos, destacando a urgência de minerais críticos e alternativas sustentáveis.