Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abandonou sessão no Senado em meio a debates acalorados sobre a pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, gerando preocupações ambientais e políticas.
A recente discussão sobre a pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, gerou um intenso debate no Senado Federal. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abandonou uma sessão da Comissão de Infraestrutura após ser acusada de obstruir o desenvolvimento do país por questões ambientais. O governo, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou planos para asfaltar um trecho de 20 quilômetros da rodovia, o que levanta preocupações sobre o impacto ambiental na Amazônia.
A BR-319, com aproximadamente oitocentos e cinquenta quilômetros de extensão, é considerada uma via crucial para a conexão da capital amazonense com o restante do Brasil. No entanto, ambientalistas alertam que a pavimentação pode intensificar o desmatamento em uma das áreas mais preservadas da floresta. O governador do Amazonas, Wilson Lima, defende a obra como uma solução para o isolamento do estado, enquanto críticos argumentam que a maioria dos produtos locais não é perecível, tornando a redução do custo do frete questionável.
A rodovia foi inaugurada em mil novecentos e setenta e seis, mas tornou-se intransitável em mil novecentos e oitenta e oito, levando ao seu abandono. Desde então, a discussão sobre o reasfaltamento ganhou força, especialmente após a emissão de um Termo de Referência pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em dois mil e sete. Apesar de tentativas anteriores de licenciamento, os estudos não conseguiram comprovar a viabilidade ambiental da obra.
Durante o governo de Dilma Rousseff, a possibilidade de revitalização da BR-319 foi novamente debatida, mas sem sucesso. A situação se intensificou durante a gestão de Jair Bolsonaro, que utilizou a rodovia para o transporte de cilindros de oxigênio durante a crise de abastecimento em Manaus, o que foi usado como argumento para acelerar o processo de licenciamento. Em julho de dois mil e vinte e dois, o Ibama concedeu uma licença prévia para o projeto, mas a execução das obras ainda depende de estudos mais aprofundados.
Na última sessão do Senado, Marina Silva reiterou a necessidade de estudos de impacto ambiental, afirmando que a discussão sobre a BR-319 frequentemente resulta em aumento da exploração ilegal na região. O senador Omar Aziz, por sua vez, criticou a postura da ministra, alegando que ela impede o progresso do país. A ministra defendeu que a construção de uma estrada no meio da floresta deve estar associada a um projeto produtivo sustentável.
O Senado aprovou recentemente um projeto de lei que flexibiliza as regras de licenciamento ambiental, o que pode facilitar a pavimentação da BR-319. Essa mudança é vista com preocupação por ambientalistas, que temem que a nova legislação permita a continuidade de projetos que ameaçam a Amazônia. Em meio a essa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem preservar a floresta e garantir um desenvolvimento sustentável na região.
Grupo Águas do Brasil recolheu mais de 255 mil litros de óleo desde 2019, evitando a poluição de 6,3 bilhões de litros de água. Em 2025, o número de pontos de coleta cresceu de 82 para quase 700, refletindo um impacto significativo.
O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) lançou a 8ª edição do programa de bolsas "Bolsas Funbio - Conservando o Futuro", com R$ 1 milhão em financiamentos. As inscrições vão até 31 de julho.
Entre abril e maio de 2024, o Rio Grande do Sul sofreu inundações que afetaram 478 municípios, resultando em 184 mortes e 200 mil desalojados. Em resposta, o governo federal destinou R$ 100 bilhões para recuperação e o INMET adquiriu 98 novas estações meteorológicas.
Estudo recente aponta queda de 30% na população de uma espécie de pássaro, antes considerada estável, evidenciando a necessidade urgente de ações de conservação para proteger a biodiversidade ameaçada.
Orlando Bloom se submeteu a um tratamento de aférese para remover microplásticos do sangue, mas a eficácia desse procedimento não é comprovada cientificamente. A contaminação por microplásticos é uma preocupação crescente.
A Câmara dos Deputados está prestes a votar o PL 2159/2021, conhecido como PL da Devastação, que pode reverter avanços na legislação ambiental brasileira sob pressão do agronegócio. Ambientalistas alertam que a proposta, já aprovada pelo Senado, compromete acordos internacionais e a proteção de terras indígenas e quilombolas, permitindo licenciamento simplificado baseado em autodeclaração. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, prevê questionamentos judiciais caso a mudança seja aprovada.