A criação da Agência Nacional de Proteção da Natureza é proposta para garantir a restauração florestal no Brasil, essencial para a sustentabilidade e combate à crise climática. A iniciativa busca alinhar interesses privados e públicos, promovendo a colaboração entre viveiros e regulamentando a restauração ecológica.

A destruição das florestas brasileiras, especialmente da Mata Atlântica, é um tema abordado por Warren Dean em seu livro “A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira”. Dean argumenta que o desmatamento foi uma necessidade em quase todos os ciclos econômicos do Brasil, como o pau-brasil, a cana-de-açúcar e o café. Esse problema histórico também se estende a outros biomas do país, resultando em florestas empobrecidas e em recuperação.
Atualmente, a Mata Atlântica não se assemelha à densa e diversificada floresta do século XVI, que abrigava árvores centenárias. As florestas atuais carecem de capacidade para retomar suas interações ecológicas, o que torna a reconstrução de sua sustentabilidade um desafio que exige investimentos significativos a longo prazo. Se os proprietários de terras forem responsabilizados sozinhos por esses custos, o retorno financeiro será incerto.
Os serviços ecossistêmicos gerados pela restauração florestal, como a regulação do clima e a conservação da biodiversidade, não podem ser cobrados diretamente. Portanto, é essencial que haja uma demanda por restauração para que a cadeia de produção de mudas e sementes seja incentivada. A falta de garantias de que as mudas serão plantadas impede que os viveiros operem em sua capacidade total.
Para resolver essa questão, é necessário alinhar os interesses dos proprietários de terras com os interesses públicos, através de políticas de pagamento por serviços ecossistêmicos. Isso requer um aparato regulatório que normatize as atividades de restauração florestal, um esforço ainda em desenvolvimento, apesar de avanços como a regulamentação dos créditos de carbono e a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais.
A qualidade da restauração florestal também depende da colaboração entre viveiros, evitando a competição que pode resultar em uma base genética homogênea. O Brasil já possui exemplos de cooperação em setores estratégicos, como o Operador Nacional do Sistema Elétrico e as normas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, que podem servir de modelo para a restauração florestal.
A crise climática é um desafio global que exige uma resposta coordenada. O Brasil pode assumir um papel de liderança, mas isso depende da criação de uma estrutura institucional adequada. A Conferência das Partes (COP30) pode inspirar a criação da Agência Nacional de Proteção da Natureza, uma entidade que asseguraria a demanda, a qualidade e o financiamento da restauração florestal. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a recuperação das florestas e a proteção da biodiversidade.

O desmatamento na Amazônia cresceu 4% entre agosto de 2024 e julho de 2025, mas é o segundo menor índice desde 2016, refletindo ações do governo Lula e desafios como a seca extrema. O Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) aponta que, apesar do aumento, a redução do desmatamento é possível com políticas eficazes. O Ibama embargou 5 mil propriedades, resultando em uma queda de 21% no desmatamento no Pará.

Pesquisadores revelam que óxidos de ferro em manguezais estabilizam carbono orgânico, oferecendo novas perspectivas para mitigar mudanças climáticas e proteger esses ecossistemas vitais. O estudo destaca a importância da conservação e do uso sustentável do solo.

Um lobo-guará adulto foi atropelado na Rodovia Vicinal Avelino Francisco de Bastos, em São Paulo, e está recebendo tratamento. Após a recuperação, será reintegrado à natureza, destacando a vulnerabilidade da espécie.
A instalação "Forest Gens" na 19ª Bienal de Veneza revela a Amazônia como um espaço moldado por milênios de engenharia humana, desafiando a visão de floresta intocada e propondo novas soluções para conservação e urbanização. A obra, que combina mapas e dados históricos, destaca a interação entre cultura e natureza, sugerindo que cidades amazônicas podem liderar a transição climática.

A empresa canadense The Metals Company, apoiada pelo governo dos EUA, planeja iniciar a mineração em águas internacionais, desafiando normas da ONU e gerando preocupações ambientais. Especialistas alertam que os riscos podem superar os benefícios.

Ibama impede exportação ilegal de colônia de mandaçaias, abelhas nativas essenciais para a biodiversidade. Remetente pode enfrentar multa de até R$ 200 mil e processo criminal por tráfico de espécies.