A instalação "Forest Gens" na 19ª Bienal de Veneza revela a Amazônia como um espaço moldado por milênios de engenharia humana, desafiando a visão de floresta intocada e propondo novas soluções para conservação e urbanização. A obra, que combina mapas e dados históricos, destaca a interação entre cultura e natureza, sugerindo que cidades amazônicas podem liderar a transição climática.
Na 19ª Bienal de Veneza, que ocorre de maio a novembro de 2025, a instalação "Forest Gens" apresenta uma nova perspectiva sobre a Amazônia. Localizada na primeira nave do Arsenale, a obra, composta por dois painéis de três metros de altura, desafia a visão tradicional da floresta como um espaço intocado. Através de uma cartografia crítica, a instalação revela a Amazônia como resultado de milênios de engenharia humana sofisticada, mostrando que a floresta é o produto de um diálogo contínuo entre natureza e cultura.
Os mapas exibidos na instalação, elaborados por Gabriel Kozlowski em colaboração com arqueólogos, combinam imagens de satélite, dados digitais e escavações arqueológicas. Eles desmontam a ideia de uma floresta isolada, revelando uma rede complexa de interações entre povos originários, cidades e ecossistemas. A Amazônia, longe de ser uma antítese da civilização, é apresentada como um espaço onde a agricultura e a floresta coexistem de forma sustentável.
Os painéis mostram, por exemplo, o leito do rio Amazonas e as terras pretas de índio, que são solos férteis enriquecidos por práticas agrícolas ancestrais. Além disso, a instalação destaca a importância de reconhecer a dimensão antropogênica da Amazônia, que não diminui seu valor ambiental, mas o amplia, oferecendo novas soluções para a conservação e urbanização.
O painel à direita apresenta Llanos de Mojos, na Bolívia, onde uma rede hidráulica monumental evidencia antigas formas de urbanismo tropical. A maquete digital de Cotoca, uma cidade histórica, revela estruturas que demonstram um planejamento urbano adaptado ao ambiente amazônico. Esses achados mostram que as intervenções humanas na Amazônia foram realizadas de maneira prolongada e sustentável, desafiando a narrativa de que a presença humana é sinônimo de destruição.
Com a proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, em Belém, é essencial que as mensagens de "Forest Gens" sejam integradas ao debate global. A agenda urbana deve ser uma prioridade nas negociações, promovendo políticas que conectem a conservação da floresta com o desenvolvimento urbano. A proposta é que as cidades amazônicas se tornem laboratórios de bioeconomia, unindo saberes tradicionais e inovações tecnológicas.
A instalação "Forest Gens" não apenas apresenta uma nova narrativa sobre a Amazônia, mas também convida a sociedade a repensar suas abordagens em relação ao meio ambiente. Projetos que valorizem a interconexão entre cidades e florestas podem ser fundamentais para um futuro sustentável. A união em torno de iniciativas que promovam essa visão pode transformar a realidade amazônica, garantindo um legado positivo para as próximas gerações.

Uma nova tecnologia cerâmica, desenvolvida pela UFMG e INT, captura até 17,2% do CO2 de caminhões, com meta de 30%. O projeto visa reduzir emissões e promover economia circular com CO2 reutilizado.

O Instituto de Pesquisa Cananeia (IPeC) reportou a morte de 350 pinguins-de-magalhães em praias de São Paulo, possivelmente devido à migração e problemas de alimentação. O número de vítimas pode aumentar.

A indústria de tintas no Brasil, representada pela Abrafati, busca reduzir em 25% sua pegada de carbono até 2030, com base nas emissões de 2023. O setor, que emitiu cerca de 44,5 mil toneladas de CO₂, enfrenta desafios significativos para alcançar essa meta.

O consórcio Genômica da Biodiversidade Brasileira sequenciou 23 genomas completos, destacando a bioeconomia como motor de desenvolvimento sustentável no Brasil. A união entre ciência e indústria é crucial para a Amazônia.

O novo aeroporto em São Félix do Tocantins, previsto para dezembro, promete facilitar o acesso ao Jalapão, aumentando o fluxo turístico e impulsionando a economia local. A estrutura, com capacidade para aeronaves de pequeno porte, deve transformar a logística de transporte, atraindo novos perfis de visitantes e ampliando a visibilidade dos atrativos naturais da região. Contudo, o crescimento do turismo exige atenção à preservação ambiental e políticas públicas que garantam a sustentabilidade.
Indígenas e movimentos sociais protestam em Belém, destacando a necessidade de inclusão de suas vozes na COP30. A Declaração Política do Mutirão dos Povos Indígenas foi lançada com reivindicações essenciais.