Uma nova tecnologia cerâmica, desenvolvida pela UFMG e INT, captura até 17,2% do CO2 de caminhões, com meta de 30%. O projeto visa reduzir emissões e promover economia circular com CO2 reutilizado.
Uma nova tecnologia cerâmica, desenvolvida em parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), conseguiu adsorver até 17,2% do dióxido de carbono (CO2) emitido por caminhões a diesel. O projeto, que também conta com a colaboração de uma montadora de automóveis, visa aumentar essa captura para 30% e criar um "kit reator" que facilite a instalação do sistema.
O reator utiliza um material cerâmico inovador, que retém o CO2 por meio de interações químicas. Em testes realizados no final de 2024, um protótipo instalado em um caminhão percorreu 170 quilômetros, com a adsorção de 7,7% do CO2 durante todo o percurso. Em áreas urbanas, esse desempenho melhorou, alcançando 17,2% de retenção.
O químico Jadson Cláudio Belchior, coordenador do projeto, destacou que o material cerâmico é produzido a partir de reagentes químicos inorgânicos e abundantes na natureza. Os pellets, que são esféricos e possuem um centímetro de diâmetro, são colocados em um reator cilíndrico que se integra ao sistema de escapamento do veículo. O sistema ainda requer um catalisador para lidar com outros gases poluentes.
Um dos desafios enfrentados é a temperatura do gás que chega ao reator. O CO2 precisa estar abaixo de 110 graus Celsius para ser retido, enquanto a combustão do diesel gera gases a cerca de 600 graus Celsius. Para contornar isso, uma tubulação expansora foi instalada entre o motor e o reator, aumentando a troca de calor e acelerando o resfriamento do gás.
Os pesquisadores também buscam melhorar a eficiência dos pellets cerâmicos e reduzir o espaço que ocupam, permitindo o uso de reatores menores. Além disso, a redução da temperatura do gás no reator pode diminuir o custo de regeneração do material cerâmico, que requer aquecimento para separar o CO2 retido.
O projeto, que já conta com pedidos de patente, está alinhado com as metas do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que visa reduzir em 50% as emissões de carbono dos veículos até 2030. A união de esforços pode ser fundamental para impulsionar inovações como essa, que têm o potencial de transformar o setor de transportes e contribuir para a descarbonização do meio ambiente.
Pesquisadores brasileiros criaram o Condition Assessment Framework, uma ferramenta inovadora para avaliar compensações ambientais na Mata Atlântica, mostrando alta eficácia na restauração de áreas degradadas. A pesquisa, apoiada pela FAPESP, revela que a combinação de proteção e restauração pode resolver quase todos os déficits de vegetação nativa, com custos intermediários.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitou a Estação de Tratamento de Água 1 da Adutora do Seridó, que já apresenta 81% de avanço e atenderá 80 mil pessoas no Rio Grande do Norte. A obra, com investimento de R$ 310 milhões, garantirá segurança hídrica por 50 anos, beneficiando cidades afetadas pela seca.
O Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais entre 1985 e 2024, com 62,8 milhões de hectares de florestas devastadas, segundo o relatório do Mapbiomas. A conversão acelerada para agropecuária e mineração agrava as emissões de carbono e as mudanças climáticas.
A COP30, em novembro, celebrará uma década do Acordo de Paris, destacando a necessidade urgente de ações climáticas efetivas, com foco em cidades e regiões. A inclusão de líderes locais é crucial para transformar compromissos em resultados tangíveis.
Philip Fearnside, biólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, critica a inação do governo brasileiro em relação ao desmatamento e ao aquecimento global, alertando sobre os riscos de colapso da Amazônia. Ele destaca que a falta de liderança do Brasil nas discussões climáticas pode resultar em consequências devastadoras para o país e o mundo.
Durante o Congresso ALADYR Brasil 2025, o secretário Giuseppe Vieira anunciou investimentos de R$ 5 bilhões para revitalização de bacias hidrográficas e destacou os avanços do Programa Água Doce, que já opera 1.200 unidades.