Petrobras, Exxon Mobil, Chevron e CNPC intensificam a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, gerando preocupações sobre impactos climáticos e socioambientais. O MPF questiona a falta de estudos adequados.

Até 17 de junho de 2023, a Petrobras era a única empresa com concessões para explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas. Após o leilão realizado nesse dia, as empresas Exxon Mobil e Chevron, dos Estados Unidos, e a CNPC, da China, também adquiriram blocos na região, ampliando a exploração petroleira. Essa movimentação ocorre em um contexto de crescente preocupação com as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os impactos ambientais associados à queima de combustíveis fósseis.
Um estudo do Instituto ClimaInfo estima que a queima do petróleo da bacia poderia liberar até 4,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, mais do que o dobro das emissões totais do Brasil em 2023. Se toda a Margem Equatorial for considerada, esse número pode chegar a 13,5 bilhões de toneladas de CO₂, superando as emissões do país nos últimos cinco anos, incluindo desmatamento e agropecuária.
Especialistas e ambientalistas expressam preocupação com os riscos socioambientais da exploração na Foz do Amazonas. A coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo, alerta que a bacia é ecologicamente pouco estudada e próxima de um importante sistema recifal. A possibilidade de um derramamento de óleo poderia causar danos irreparáveis à fauna e flora locais, além de impactar comunidades tradicionais, como indígenas e pescadores.
Apesar das preocupações, a Petrobras está próxima de obter a licença para perfurar o bloco 59, localizado a cerca de 170 quilômetros da costa do Amapá. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já autorizou a Avaliação Pré-Operacional (APO), etapa final antes da licença. No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) do Amapá questiona essa decisão, alegando que o Ibama ignorou recomendações de analistas ambientais que sugeriam o indeferimento da licença.
Após o leilão, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) disponibilizou 47 blocos na Foz do Amazonas, dos quais 19 foram arrematados. Com isso, a Petrobras passou a ter 28 blocos na região, agora compartilhada com empresas estrangeiras. Araújo destaca que essa expansão representa uma derrota significativa para a proteção ambiental e a luta contra as mudanças climáticas.
O MPF do Pará também entrou com uma ação para suspender o leilão, argumentando que a concessão dos blocos sem um Estudo de Impacto Climático configura uma violação das normas brasileiras e dos compromissos climáticos globais. A decisão de expandir a exploração de petróleo no Brasil é vista como um contrassenso frente aos esforços de descarbonização. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a proteção ambiental e a sustentabilidade.

Seis grandes empresas brasileiras, incluindo Bradesco e Natura, lançaram a iniciativa C.A.S.E. para destacar soluções sustentáveis e reforçar o papel do Brasil na COP30, em Belém, em novembro de 2025.

ICMBio autorizou a comunidade Guarani Mbya a ocupar a Reserva Biológica Bom Jesus, gerando polêmica sobre a proteção das áreas de conservação integral e os direitos indígenas. A ocupação pode comprometer a biodiversidade.

Secas recordes entre 2023 e 2025 causaram danos sem precedentes em diversas regiões, incluindo a Amazônia, afetando economias e ecossistemas globalmente, segundo relatório da UNCCD. O fenômeno El Niño e a mudança climática intensificaram os efeitos da seca, resultando em perdas significativas no comércio internacional e impactos severos na fauna e flora.

GDF investe R$ 240 milhões em drenagem urbana, com 32 das 40 lagoas concluídas e o lançamento do Drenar DF, visando prevenir alagamentos e erosões na cidade.

Estudos recentes revelam que ondas de calor estão elevando as taxas de mortalidade por problemas neurológicos, afetando especialmente crianças e populações vulneráveis. O aumento das temperaturas agrava condições como epilepsia e AVC, evidenciando a urgência de ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas na saúde.

Ana Bógus, presidente da Beiersdorf no Brasil, acredita que a COP-30 pode impulsionar a sustentabilidade no setor de cuidados pessoais, promovendo debates sobre economia circular e acesso a matérias-primas sustentáveis. A empresa já eliminou microplásticos de suas fórmulas e busca alternativas biodegradáveis.