A ANP leiloou 16 mil km² na bacia da Foz do Amazonas, vendendo 19 blocos para empresas como Petrobrás e ExxonMobil, enquanto ativistas protestam contra os riscos ambientais da exploração.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) realizou um leilão na manhã de 17 de junho, no Rio de Janeiro, onde foram oferecidos mais de 16 mil quilômetros quadrados para exploração na bacia da Foz do Amazonas. Dentre os 19 pontos vendidos, destacam-se as empresas Petrobrás, ExxonMobil, Chevron Brasil e CNPC Brasil. A ANP também colocou à venda 172 blocos exploratórios em todo o país, incluindo áreas do Alto Xingu, na Amazônia, que é conhecida por sua biodiversidade e relevância cultural.
O leilão gerou protestos significativos de ativistas ambientais, que se opõem à exploração de petróleo e gás em regiões sensíveis. Os manifestantes, que se reuniram em frente ao evento, exibiram cartazes com mensagens como “Mar Sem Petróleo” e “Parem o Leilão do Juízo Final”. A presença da Polícia Militar e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi notada para monitorar as manifestações.
A exploração na bacia da Foz do Amazonas e em outras áreas da Amazônia levanta preocupações sobre os impactos ambientais. Desde 2021, a inclusão de blocos na Cadeia de Montes Oceânicos de Fernando de Noronha tem sido alvo de críticas de pesquisadores, sociedade civil e órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Os riscos associados à exploração de combustíveis fósseis incluem impactos sísmicos em espécies marinhas, dispersão de óleo e a introdução de espécies invasoras. Além disso, os altos níveis de ruído gerados durante a perfuração podem afastar a fauna local, afetando negativamente o turismo na região.
A exploração de petróleo e gás em áreas ecologicamente sensíveis, como a Amazônia e a bacia da Foz do Amazonas, é um tema que exige atenção e mobilização. A pressão de ativistas e a preocupação da sociedade civil são fundamentais para garantir a preservação desses biomas e a proteção dos direitos das comunidades indígenas e ribeirinhas que habitam essas regiões.
Nesta situação, a união da sociedade pode fazer a diferença na proteção do meio ambiente e na defesa dos direitos humanos. Projetos que visam apoiar a preservação ambiental e as comunidades afetadas devem ser incentivados, permitindo que vozes locais sejam ouvidas e que ações efetivas sejam tomadas em prol de um futuro sustentável.
Pirarucu, peixe nativo da Amazônia, é encontrado em estados como Bahia e São Paulo, levantando preocupações ecológicas. Autoridades investigam soltura ilegal que pode ameaçar espécies locais.
Cidades da Amazônia têm as piores taxas de arborização urbana do Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Enquanto estados do agronegócio, como Mato Grosso do Sul, se destacam positivamente, a pesquisa revela que apenas 10,7% do Acre e 13,7% do Amazonas vivem em ruas com mais de cinco árvores.
Fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CAR) revelam um cenário alarmante de desmatamento na Amazônia, com 139,6 milhões de hectares sobrepostos e investigações da Polícia Federal em andamento. A manipulação de dados e a utilização de "laranjas" para registrar propriedades têm dificultado a fiscalização e permitido a continuidade de práticas ilegais.
Pesquisadores revelam que onças-pintadas no Pantanal estão se agrupando em um refúgio climático após incêndio em 2020, adaptando sua dieta e beneficiando a fauna terrestre. Essa resiliência destaca a importância da região para a biodiversidade.
Em 2024, a taxa de desmatamento da Mata Atlântica caiu 2%, influenciada por eventos climáticos extremos. O Ibama propõe medidas para fortalecer a proteção do bioma, incluindo revisão de mapas e resoluções.
Estudos recentes revelam que microplásticos estão presentes no cérebro de pacientes com demência, sugerindo que essas partículas podem ultrapassar a barreira hematoencefálica e impactar a saúde mental. Pesquisadores de universidades canadenses e australianas encontraram até cinco vezes mais microplásticos em cérebros de pessoas com a doença. A pesquisa destaca a urgência de políticas públicas para limitar a exposição a esses contaminantes.