Queimadas e expansão agrícola na Amazônia comprometem a saúde do solo, reduzindo estoques de carbono e nitrogênio, mesmo após nove anos de recuperação, segundo estudo recente. Pesquisadores alertam para a degradação ambiental e a necessidade de políticas de preservação.

Um estudo recente revela que a degradação da saúde do solo na região sul da Amazônia é intensificada por queimadas frequentes e pela expansão agrícola. Pesquisadores brasileiros e estrangeiros, atuando na Estação de Pesquisa Tanguro, destacam que essas práticas têm efeitos duradouros sobre os estoques de carbono (C) e nitrogênio (N) do solo, comprometendo a funcionalidade dos ecossistemas. O pesquisador Mário Lucas Medeiros Naval enfatiza que as queimadas, impulsionadas pela ação humana, não são naturais e resultam da combinação de fatores como a expansão agrícola e mudanças climáticas.
O estudo, publicado na revista Catena, analisou quatro cenários: floresta intacta, floresta queimada anualmente, a cada três anos e áreas convertidas para agricultura. Os resultados mostraram uma redução de até 38% nos estoques de carbono com a conversão agrícola, além de perdas significativas de nitrogênio. Mesmo com práticas agrícolas sustentáveis, como rotação de culturas, a degradação do solo persiste, evidenciando a gravidade da situação.
A pesquisa foi realizada em uma área experimental de cento e cinquenta hectares, permitindo uma amostragem representativa. Naval destaca que, mesmo após nove anos da última queimada, os estoques de carbono e nitrogênio permanecem significativamente reduzidos. A perda de carbono compromete a capacidade de troca catiônica, essencial para a retenção de nutrientes no solo, afetando diretamente a saúde do ecossistema.
Os dados indicam que a perda total de carbono, que inclui o carbono armazenado na biomassa acima do solo e no solo, alcançou 33% em queimadas anuais e 48% em queimadas trianuais. Naval explica que, ao contrário do Cerrado, onde o fogo desempenha um papel ecológico, na Amazônia, as queimadas são induzidas pela mudança no uso do solo, causando impactos severos em um ambiente não adaptado ao fogo.
Os pesquisadores recomendam a implementação de políticas para conter a fronteira agrícola e prevenir incêndios florestais. Além disso, sugerem a adoção de sistemas agrícolas mais biodiversos, como as agroflorestas, que podem armazenar grandes quantidades de carbono e preservar a saúde dos solos. O coordenador do estudo, Plínio Barbosa de Camargo, ressalta que alternativas ao modelo convencional de produção agrícola são essenciais para a preservação ambiental e a segurança alimentar.
Esse estudo é parte do projeto internacional Amazon PyroCarbon, que investiga os impactos do fogo na Amazônia. A união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem a preservação da floresta e a recuperação dos solos, garantindo um futuro mais sustentável para a região e para o planeta.
Dois homens foram flagrados descartando entulho no Parque Natural Municipal de Jacarenema, em Vila Velha. A Guarda Municipal optou por orientação em vez de multa, gerando polêmica nas redes sociais.

Na Barragem de Queimados, em São Sebastião, a Polícia Militar Ambiental apreendeu 230 metros de redes de pesca e 78 peixes irregulares, resultando na detenção de três homens. A ação, realizada no último domingo (17/8), visa proteger a biodiversidade aquática e o equilíbrio dos ecossistemas locais.

Estudos revelam a viabilidade de usinas híbridas no Brasil, combinando geração solar flutuante com hidrelétricas, com potencial para instalar 25 GW em 28 usinas, exigindo ajustes regulatórios.

Niterói se destaca no Brasil ao alcançar a terceira posição em saneamento básico, com 100% de cobertura de água e 95,6% de esgoto tratado, após investimentos de R$ 197 milhões. O prefeito Rodrigo Neves celebra o resultado como fruto de planejamento e parcerias.

Estudo da Esalq revela que o fungo Metarhizium robertsii pode induzir defesas na cana-de-açúcar, reduzindo o uso de inseticidas e promovendo um controle biológico mais eficiente e sustentável. A pesquisa, liderada por Marvin Mateo Pec Hernández, destaca a capacidade do fungo em alterar compostos voláteis e fitormônios, atraindo inimigos naturais das pragas.

Thelma Krug, vice-presidente do IPCC, alerta sobre a fragilidade do Acordo de Paris e os desafios da COP30 no Brasil, destacando a urgência da justiça climática e a preservação das florestas tropicais. A cientista enfatiza a necessidade de um plano estratégico para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, que afetam diretamente o Brasil.