Refúgios de montanha nos Alpes franceses enfrentam grave escassez de água devido ao derretimento antecipado da neve. Especialistas alertam para o impacto das mudanças climáticas nas geleiras e no abastecimento hídrico.

A temporada de trilhas de verão nos Alpes franceses começou, mas os refúgios de montanha enfrentam uma grave escassez de água. A onda de calor em junho antecipou o derretimento da neve e das geleiras, impactando o abastecimento. Noémie Dagan, responsável pelo refúgio de La Selle, localizado a 2.673 metros de altitude, afirma que “tudo secou”. O campo de neve que normalmente abastece o chalé de 60 camas já apresenta um cenário semelhante ao final de julho, com um mês de antecedência no derretimento.
O refúgio, que não possui reservatório, depende do fluxo natural de água que desce da montanha. Se esse suprimento falhar, o abrigo poderá fechar, como ocorreu em agosto do ano passado. Para evitar essa situação, Dagan instalou tubos plásticos de um quilômetro para captar água de uma geleira próxima. No entanto, os desafios são muitos, como a instabilidade dos encanamentos e tempestades que danificam as estruturas.
Thomas Boillot, guia de alta montanha, admite que a possibilidade de falta d'água nos refúgios alpinos “nunca passou pela nossa cabeça”, mas já é uma realidade. Ele observa que formações de neve antes permanentes estão desaparecendo no verão, e as chuvas se tornaram mais escassas. As geleiras, que são essenciais para o sistema hídrico das regiões montanhosas, estão mudando de forma e deteriorando-se rapidamente.
Cientistas alertam que os efeitos das mudanças climáticas nos Alpes são duas vezes mais severos do que a média global. Se nada for feito, até o ano de 2100, as geleiras atuais poderão ser apenas vestígios. O clima deste ano também afeta os 1.400 glaciares da Suíça, onde o derretimento da neve e do gelo ocorreu entre cinco e seis semanas antes do habitual.
Xavier Cailhol, doutorando em Ciências Ambientais e guia de alta montanha, descreve o impacto da onda de calor no maciço do Mont Blanc como “brutal”. Ele relata que, ao esquiar no Mont Blanc, a camada de neve que antes protegia o gelo agora está exposta, e o cenário abaixo de 3.200 metros é mais seco do que nunca. O derretimento acelerado da geleira de Bossons, visível de Chamonix, ilustra a gravidade da situação.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem soluções para a escassez de água nos Alpes. Projetos que promovam a captação de água e a preservação das geleiras são essenciais para garantir a sustentabilidade das montanhas e o abastecimento dos refúgios. A mobilização em torno dessas causas pode fazer a diferença para o futuro das regiões alpinas.

Governos de Goiás e do DF formam comitê de crise para realocar 10,5 mil metros cúbicos de chorume em Padre Bernardo, após desabamento no Aterro Ouro Verde, visando evitar danos ambientais. A Caesb fornecerá suporte técnico para monitoramento e tratamento.

Uma escultura de "O Pensador" de Rodin é coberta por lixo plástico em protesto durante negociações da ONU para um tratado global contra a poluição plástica, destacando a urgência da crise ambiental. O artista Benjamin Von Wong busca conscientizar sobre os impactos da poluição nas futuras gerações.

Líderes do BRICS lançam plano para aumentar financiamento climático, exigindo cumprimento de promessas de países ricos e propondo US$ 300 bilhões anuais até 2035 para países em desenvolvimento.

Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o desmatamento na Amazônia alcançou 4.495 km², com aumento de 4% em relação ao ciclo anterior. O governo intensifica ações para combater incêndios e proteger a floresta.

Estudo do IGc-USP e do Inpe alerta que a recarga dos aquíferos brasileiros pode cair drasticamente até 2100, especialmente no Sudeste e Sul, devido à crise climática. A pesquisa sugere a recarga manejada como solução.

A migração das baleias jubarte para o litoral do Rio de Janeiro gera preocupações após a descoberta de uma jubarte morta, evidenciando a falta de fiscalização nas regras de convivência. Ambientalistas alertam para o estresse causado por barcos que cercam os animais, enquanto a recuperação da espécie desde os anos 80 aumenta os avistamentos. A diminuição do krill na Antártida pode estar alterando o comportamento das jubartes, que buscam alimento mais próximo da costa.