Bancos brasileiros reafirmam compromisso com a agenda climática, mesmo após a saída de instituições dos EUA do Net-Zero Banking Alliance, destacando estabilidade regulatória e investimentos em finanças sustentáveis.
Recentemente, a saída de grandes bancos dos Estados Unidos do Net-Zero Banking Alliance levantou preocupações sobre o comprometimento das instituições financeiras com a agenda climática. No entanto, bancos brasileiros como Itaú, Bradesco e Santander reafirmaram seu compromisso com iniciativas sustentáveis, destacando a estabilidade regulatória e investimentos em finanças verdes, como o Programa Eco Invest Brasil.
Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú, enfatizou que a decisão dos bancos norte-americanos está relacionada a riscos jurídicos, como a litigância climática. Em contraste, as instituições brasileiras operam em um ambiente mais favorável para investimentos sustentáveis, com apoio do Banco Central e do governo.
O Itaú planeja investir R$ 1 trilhão em finanças sustentáveis até 2030, buscando capital estrangeiro para projetos ambientais. Nicola destacou que a estabilidade regulatória e o alinhamento com compromissos internacionais, como o Acordo de Paris, proporcionam segurança para investidores. “Não sentimos dificuldade em buscar a captação externa”, afirmou.
Os bancos brasileiros que aderiram à aliança continuam engajados em uma transição sustentável, considerando a economia real e a criação de empregos. O Brasil possui uma Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e regulamentações que sustentam uma política de Estado em torno da agenda climática, o que não ocorre nos Estados Unidos, onde a política ambiental é mais volátil.
O cenário brasileiro é considerado mais estável devido à construção de uma política de Estado e ao arcabouço legal criado pelo Banco Central. Apesar dos desafios, como o desmatamento, o Brasil tem um código florestal que facilita práticas sustentáveis, e os investidores continuam a demonstrar interesse no país.
Iniciativas como o Eco Invest e a emissão de títulos verdes demonstram o potencial do Brasil em atrair investimentos para a agenda climática. Projetos que visam a recuperação de áreas degradadas e o apoio a empreendedores afetados por desastres naturais são exemplos de como a sociedade civil pode se unir para promover mudanças significativas e ajudar aqueles que mais precisam.
Durante a celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário executivo João Paulo Capobianco debateram a tramitação do projeto de lei sobre licenciamento ambiental, criticando sua aceleração no Senado. Capobianco alertou que a versão aprovada compromete a estrutura do sistema de licenciamento, retrocedendo em termos de prevenção de impactos ambientais. O governo busca agora um consenso que preserve os avanços ambientais.
A ilha de St. Paul, no mar de Bering, enfrenta um inverno sem gelo marinho, resultando na morte de milhões de aves e caranguejos, colapso da pesca e aumento nos preços dos alimentos. A comunidade local, composta por 338 residentes, luta para sobreviver em meio a mudanças climáticas devastadoras.
Neste Dia do Meio Ambiente, a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 48% das indústrias brasileiras investem em energias renováveis, um aumento significativo em relação a 2023. O Nordeste lidera com 60% de adoção.
Leilão de blocos na foz do Amazonas, marcado para 17 de junho, enfrenta resistência do MPF e petroleiros, que questionam a falta de licenças e consulta às comunidades tradicionais. A pressão aumenta.
Estudo revela que em 2024, quatro bilhões de pessoas enfrentaram um mês extra de calor extremo, evidenciando os impactos das mudanças climáticas e a urgência de eliminar combustíveis fósseis.
Onças-pardas enfrentam alta mortalidade em São Paulo, com 47 atropelamentos anuais. Avistamentos recentes em Mairiporã e resgates em Assis destacam a urgência de medidas de conservação.