Arquiteto Gustavo San Juan projeta edifício sustentável em La Plata, utilizando materiais reciclados e técnicas inovadoras, promovendo a bioconstrução e a eficiência energética na Argentina. A iniciativa visa reduzir a pegada de carbono e melhorar a habitação popular.
A construção sustentável e a bioconstrução estão em ascensão na Argentina, com iniciativas que visam reduzir a pegada de carbono e utilizar materiais ecológicos. Recentemente, o arquiteto Gustavo San Juan projetou um edifício em La Plata que utiliza materiais reciclados e técnicas inovadoras. O Centro de Energia Renovável, que abriga o Programa Provincial de Incentivos à Geração Distribuída de Energia Renovável, foi construído com tijolos de plástico reciclado e micélio de fungo, além de outros materiais sustentáveis.
O edifício é um exemplo de bioconstrução, incorporando tecnologias que minimizam o impacto ambiental. San Juan destaca a importância de recuperar saberes tradicionais de construção, que foram esquecidos com a popularização de aquecedores e ar-condicionado. Ele enfatiza que a construção deve evoluir, adaptando-se às mudanças climáticas e às necessidades atuais.
O setor de construção é responsável por uma parte significativa das emissões de dióxido de carbono globalmente, com a Argentina apresentando números semelhantes. Em 2022, o setor foi responsável por 40% do consumo de energia no país. Materiais como aço, cimento e alumínio contribuem para essa poluição, e a maioria das construções ainda utiliza esses materiais convencionais, embora haja um aumento no uso de técnicas de construção seca, que são mais eficientes.
Em La Serranita, na província de Córdoba, Ana Basso e seu parceiro construíram uma casa utilizando madeira e palha umedecida com argila. Essa abordagem, que antes não era comum na Argentina, agora é reconhecida como uma alternativa viável. A bioconstrução, que utiliza técnicas sustentáveis e culturalmente enraizadas, ainda carece de regulamentação nacional, o que dificulta a aprovação de projetos em alguns municípios.
Atualmente, a Argentina enfrenta um déficit habitacional que afeta milhões de famílias, com muitas construindo suas casas sem foco em eficiência energética. A falta de isolamento térmico aumenta a demanda por fontes de calor caras e ineficientes. Especialistas afirmam que a eficiência energética pode não apenas mitigar emissões, mas também ajudar a combater a pobreza, tornando a construção sustentável uma prioridade.
Embora existam regulamentações que promovem a eficiência energética, a aplicação é muitas vezes voluntária, limitando seu impacto. O Programa Nacional de Rotulagem de Moradias, criado em 2023, visa avaliar a demanda energética das residências, mas sua implementação depende da adesão dos governos locais. Projetos que buscam soluções habitacionais sustentáveis merecem apoio, pois podem transformar a realidade de muitas famílias e contribuir para um futuro mais verde.
Estudo inédito revela que interações de frugivoria na Amazônia permanecem simplificadas após 20 anos de queimadas, resultando em perda de espécies e empobrecimento funcional das florestas. A pesquisa, liderada pela bióloga Liana Chesini Rossi, destaca a importância das relações ecológicas para a regeneração do bioma.
Desmatamento na Amazônia Legal alcança 277 mil km² entre 2001 e 2024, superando previsões de 270 mil km². A COP30 ocorre em um Brasil marcado pela perda florestal e crise ambiental.
A direção do Ibama autorizou testes da Petrobras na Foz do Amazonas, desconsiderando recomendações técnicas contrárias, em meio a forte pressão política. A simulação de vazamento pode acelerar a exploração na região.
Ibama promoveu treinamento para órgãos municipais do Rio de Janeiro sobre o Sinaflor, reforçando a obrigatoriedade do sistema após decisão do STF para combater a exploração florestal ilegal.
Carta do Acampamento Terra Livre cobra ações da COP30 e critica violência policial contra indígenas. O evento reuniu cerca de 8 mil participantes e anunciou a Comissão Internacional dos Povos Indígenas.
Festival Amazônico no Museu do Pontal, nos dias 12 e 13, celebra a cultura da Amazônia com shows, exposições e oficinas, promovendo a preservação ambiental e reflexões sobre a crise climática.