Populações de aves tropicais caem até um terço devido ao calor extremo, revela estudo da Nature Ecology & Evolution. A crise climática exige ações urgentes contra emissões de gases.
Um estudo recente aponta que as populações de aves tropicais diminuíram em até um terço devido ao aumento do calor extremo, um fenômeno diretamente relacionado à crise climática. A pesquisa, publicada na revista Nature Ecology & Evolution, foi conduzida por Maximilian Kotz, do Centro de Supercomputação de Barcelona, e pelos pesquisadores Tasuya Amano e James Watson, da Universidade de Queensland, na Austrália. Os dados revelam que as aves tropicais enfrentam condições ambientais que seus organismos não conseguem suportar.
A análise estatística realizada pelos pesquisadores estimou uma redução populacional entre 25% e 38%. Essa diminuição não é um número isolado, mas resulta da comparação entre a abundância real das espécies e a trajetória esperada em um cenário de clima estável. Kotz destacou que as aves são altamente sensíveis à desidratação e ao estresse térmico, fatores que aumentam a mortalidade e afetam a fertilidade e o comportamento reprodutivo.
Nos últimos anos, a incidência de dias classificados como de calor extremo nas regiões tropicais aumentou cerca de dez vezes. Antes, as aves enfrentavam, em média, três dias de calor extremo por ano; atualmente, esse número subiu para cerca de trinta dias. Essa mudança drástica impacta a trajetória populacional das aves, levando a uma perda significativa de indivíduos.
Além das regiões tropicais, o estudo indica que as áreas temperadas também estão sendo afetadas, embora em menor intensidade. O fenômeno se estende até a zona do mar Mediterrâneo, enquanto as regiões mais frias, como a latitude do norte dos Estados Unidos, parecem ser menos impactadas. Isso sugere que a maioria das espécies de aves do planeta está enfrentando os efeitos adversos do aquecimento global.
Particularmente, os Passeriformes, que incluem mais de cinquenta por cento da diversidade de aves, e os Accipitriformes, que englobam a maioria das aves de rapina, estão entre os grupos mais afetados. O estudo também menciona que a proteção de áreas florestais não é suficiente para conter a perda de biodiversidade, sendo necessário abordar as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global.
As evidências apontam que mesmo em áreas preservadas, como florestas tropicais no Panamá e na Amazônia, as populações de aves estão em declínio. Essa situação exige ações concretas para enfrentar a raiz do problema. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção da biodiversidade e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Estudo da UFRJ revela que 90% das áreas adequadas para o boto-cinza no estuário de Sepetiba e Ilha Grande estão sob pressão de atividades humanas. A pesquisa pede ações integradas para a conservação da espécie ameaçada.
Petrobras, Exxon Mobil, Chevron e CNPC intensificam a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, gerando preocupações sobre impactos climáticos e socioambientais. O MPF questiona a falta de estudos adequados.
Universitários da Universidade de Brasília visitaram o Programa Ibama de Portas Abertas, conhecendo ações do Instituto em proteção ambiental e gestão de incêndios florestais. A iniciativa promoveu diálogo e educação ambiental.
Estudo revela que a crise climática pode reduzir a recarga dos aquíferos no Brasil, afetando a água subterrânea, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, com consequências alarmantes para a população. Cientistas do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais alertam que a recarga pode diminuir até 666 milímetros por ano, impactando a oferta de água para 112 milhões de brasileiros.
Pesquisadores buscam modificar geneticamente plantas para aumentar a tolerância ao calor, visando mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção de alimentos. A edição genética pode ser crucial para garantir a segurança alimentar futura.
André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destaca a urgência de união global contra mudanças climáticas, alertando para desafios nas metas climáticas e financiamento. A conferência em Belém reunirá mais de 190 países.