A Good Karma Partners se fundiu com a Just Climate, cofundada por Al Gore, formando uma nova entidade focada em investimentos sustentáveis na América Latina, com 55% do capital alocado na região. A fusão visa acelerar a transição para tecnologias sustentáveis em setores de alta emissão, como agricultura e indústria.
A gestora brasileira Good Karma Partners, fundada por Eduardo Mufarej, anunciou a fusão com a Just Climate, uma empresa global de investimentos climáticos cofundada por Al Gore. A nova entidade, que operará sob o nome Just Climate, terá como foco a alocação de capital institucional em projetos de transição sustentável na América Latina, especialmente no Brasil, México e Colômbia. Essa união representa um passo significativo na estratégia da Just Climate para a região, visando setores com altas emissões de carbono, como agricultura e restauração de ecossistemas.
A fusão foi formalizada com um memorando de entendimento com o BID Invest, que é o braço do setor privado do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Este acordo poderá permitir que o BID Invest se torne um investidor fundador da nova entidade. Mufarej continuará como co-Chief Investment Officer da Just Climate, liderando os investimentos na América Latina a partir do escritório em São Paulo.
O segundo fundo da Good Karma Partners, que já estava focado em soluções climáticas, permanecerá sob a gestão da equipe local, agora integrada à Just Climate. A fusão é resultado de um trabalho iniciado por Mufarej em 2023, quando ele assumiu a área de Natural Climate Solutions da Just Climate, desenvolvendo uma estratégia para financiar soluções de baixo carbono na agricultura e no uso da terra.
A América Latina representa cerca de 55% do pipeline de investimentos da Just Climate. Mufarej já havia destacado que o Brasil poderia contribuir com pelo menos um quarto da estratégia de Natural Climate Solutions da empresa. A Just Climate atualmente possui aproximadamente US$ 46,2 bilhões sob gestão e levantou US$ 1,5 bilhão em 2023 para investir na descarbonização de setores industriais.
A nova frente voltada para o setor agro busca apoiar empresas em crescimento, soluções emergentes e plataformas em formação, priorizando a viabilidade técnica e econômica das tecnologias sustentáveis. Mufarej enfatizou a importância de viabilizar modelos que combinem retorno financeiro com impacto ambiental, atendendo às necessidades práticas dos produtores e aumentando a resiliência climática na região.
Iniciativas como essa são fundamentais para promover a sustentabilidade e a inovação na América Latina. A união de esforços pode ser um catalisador para a transformação ambiental e social, e a sociedade civil tem um papel crucial em apoiar esses projetos. Juntos, podemos contribuir para um futuro mais sustentável e resiliente, ajudando a financiar soluções que beneficiem a todos.
O Papa Leão XIV enviou um vídeo inédito ao Congresso das Universidades Ibero-americanas, enfatizando a crise climática e a relevância da COP30 na PUC-Rio, que celebra a encíclica Laudato Si'. O evento reunirá mais de 150 reitores de instituições da América Latina, Espanha, Portugal, Estados Unidos e Canadá. O cardeal Robert Francis Prevost, envolvido na organização, já discutiu o tema com o reitor da PUC-Rio, Anderson Antonio Pedroso.
O Projeto Tubarões da Baía da Ilha Grande recebeu R$ 5 milhões do Programa Petrobras Socioambiental para expandir pesquisas e ecoturismo sustentável. A iniciativa, coordenada pelo Ibracon, monitora espécies ameaçadas como o tubarão galha-preta.
Relatório aponta vulnerabilidade climática em regiões mineradoras do Brasil. Observatório da Mineração destaca riscos sociais e ambientais na extração de lítio, cobre e cobalto.
Dois homens foram flagrados descartando entulho no Parque Natural Municipal de Jacarenema, em Vila Velha. A Guarda Municipal optou por orientação em vez de multa, gerando polêmica nas redes sociais.
O rendimento pesqueiro no Alto Rio Paraná caiu 50% em duas décadas devido à invasão de espécies exóticas e à degradação ambiental, afetando a economia local e a biodiversidade. O estudo revela que espécies nativas diminuíram em tamanho e quantidade, enquanto invasoras, como o tucunaré, se tornaram mais abundantes e prejudiciais ao setor pesqueiro.
Projetos no Congresso buscam reduzir áreas protegidas no Brasil, como a Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo e a APA da Baleia Franca, gerando polêmica sobre conservação ambiental.