Ibama realiza a Operação Mata Viva na Paraíba, resultando em 42 autos de infração, embargos de 106,5 hectares de vegetação nativa e apreensão de 176 aves silvestres. A ação visa combater o desmatamento ilegal e proteger áreas indígenas.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciou a Operação Mata Viva na Paraíba, com o objetivo de combater o desmatamento ilegal na Mata Atlântica. Desde o início da operação, em 14 de maio de 2025, foram registrados 42 autos de infração, embargados 106,5 hectares de vegetação nativa e aplicadas multas que somam R$ 869 mil. A operação abrangeu áreas de Mata Atlântica e Caatinga, com a maioria das infrações ocorrendo em oito municípios da Paraíba.
A força-tarefa utilizou tecnologia de geoprocessamento com imagens de satélite para identificar áreas de desmatamento. Após a confirmação das ocorrências, equipes de campo realizaram vistorias e utilizaram drones para mapear as áreas afetadas. As ações resultaram na identificação de infratores que estavam promovendo a supressão ilegal de vegetação, levando ao embargo imediato das atividades nas regiões afetadas.
Entre as ações, o Ibama apreendeu 176 aves silvestres, a maioria das quais foi devolvida ao seu habitat natural. Os animais que estavam feridos foram encaminhados para reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Cabedelo, na Paraíba. A operação também focou em Terras Indígenas do Povo Potiguara, onde foram detectados desmatamentos ilegais para cultivo de cana-de-açúcar em áreas já embargadas.
De acordo com o Decreto Federal nº 6.514/2008, o desmatamento sem autorização resulta em multa de R$ 1 mil por hectare. Para formações nativas com proteção especial, a penalidade é ampliada para R$ 5 mil por hectare. Além disso, o uso de fogo nas áreas desmatadas dobra as sanções administrativas, exceto em situações previstas na legislação. Essas medidas visam responsabilizar os infratores e garantir a regeneração da vegetação nativa.
A Mata Atlântica, alvo da Operação Mata Viva, é um bioma essencial para a biodiversidade e a regulação dos ciclos hidrológicos na região. Apesar de sua importância, continua sob pressão devido a atividades humanas, como desmatamentos, queimadas e expansão imobiliária. O superintendente substituto do Ibama na Paraíba, Geandro Guerreiro Pantoja, destacou o compromisso do órgão com a proteção ambiental e a preservação dos territórios tradicionais.
Iniciativas como a Operação Mata Viva são fundamentais para a preservação do meio ambiente e a proteção de espécies ameaçadas. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar projetos que visem a recuperação e a proteção da Mata Atlântica e das comunidades que dependem desse bioma. A mobilização em torno dessas causas é essencial para garantir um futuro sustentável.

A poluição no Rio Javarizinho, decorrente do descarte de resíduos em Islândia, mobiliza a Defensoria Pública do Amazonas em busca de cooperação federal e parceria com o Peru para solução do problema.

Pecuaristas de Mato Grosso lançam o "passaporte verde" para certificar carne bovina sustentável, com rastreabilidade e critérios ambientais rigorosos, visando atender a demanda global. O projeto será apresentado na Assembleia Legislativa e destaca o compromisso do Brasil com a produção responsável, especialmente no Congresso Mundial da Carne em outubro.

Desmatamento no Brasil caiu 32,4% em 2024, com exceção da Mata Atlântica, afetada por enchentes. A Amazônia e o Cerrado concentraram 83% da perda, refletindo ações de combate ao desmatamento.

Ministério Público do Ceará suspendeu contrato de concessão no Parque Nacional de Jericoacoara por falta de estudos ambientais, enquanto ICMBio defende que não são necessárias licenças para as obras. A decisão visa evitar danos ao meio ambiente e responde a preocupações da comunidade local sobre os impactos da exploração turística. A concessionária, Urbia Cataratas Jericoacoara S.A., argumenta que as intervenções são autorizadas, mas a situação permanece indefinida até que as licenças sejam obtidas.

Ibama apreende embarcação por pesca ilegal de tainha na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, autuando o responsável e doando o pescado a instituições sociais. A operação visa proteger a espécie em seu ciclo reprodutivo.

O Observatório do Clima critica a nova lei de licenciamento ambiental, apontando a Licença Ambiental Especial (LAE) como inconstitucional e preocupações com a tramitação acelerada de projetos de alto impacto. A medida, que já está em vigor, pode facilitar a exploração de recursos naturais e aumentar riscos de corrupção.