Após as devastadoras enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul inicia projetos de reflorestamento, como Reflora e Muda, mas ambientalistas clamam por ações mais eficazes e rápidas para prevenir novas tragédias.
Mais de um ano após as devastadoras enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, o estado ainda enfrenta os desafios da recuperação. As iniciativas de reflorestamento, como os projetos Reflora e Muda, estão sendo implementadas para restaurar áreas afetadas. No entanto, ambientalistas alertam para a necessidade de ações mais abrangentes e rápidas para prevenir novas tragédias. O aumento da frequência de eventos climáticos extremos, associado à degradação ambiental, exige uma resposta eficaz.
De acordo com o levantamento da rede MapBiomas, o estado perdeu 2,8 mil hectares de vegetação florestal devido ao desastre, o que representa um aumento de setenta por cento no desmatamento em comparação a 2023. Especialistas, como Eduardo Vélez, ressaltam que a recuperação da vegetação nativa deve ser uma prioridade não apenas para remediar os danos recentes, mas para garantir a resiliência das bacias hidrográficas.
O professor Valério Pillar, do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirma que a presença de vegetação nativa poderia ter reduzido os danos causados pelas enchentes. Ele destaca que a flora nativa atua como uma barreira, diminuindo o volume de água e facilitando a infiltração no solo. A falta de atenção das prefeituras para a recuperação das matas ciliares é uma preocupação expressa por pesquisadores, como Elisete Freitas, da Universidade do Vale do Taquari (Univates).
A Univates iniciou um projeto focado na recuperação das margens do Rio Forqueta, onde a vegetação foi severamente afetada. A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) também participa do projeto Muda, que atua em três rios para evitar o assoreamento das margens. Priscila Mariani, coordenadora do programa, afirma que as intervenções realizadas antes das inundações ajudaram a minimizar os impactos.
O projeto Reflora, lançado pelo governo estadual, visa recuperar áreas devastadas com o plantio de seis mil mudas, utilizando uma técnica inovadora que acelera o florescimento de espécies nativas. O professor Gleison dos Santos, responsável pela iniciativa, explica que o objetivo é restaurar a flora e, consequentemente, atrair a fauna nativa de volta às áreas afetadas.
Apesar das iniciativas, um relatório da Anistia Internacional criticou a falta de políticas efetivas de reflorestamento e recuperação das matas ciliares. A reorganização da ocupação do território e a formação de comitês de bacias hidrográficas são apontadas como essenciais para a gestão territorial. Em momentos como este, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar projetos que visem a recuperação e a preservação ambiental.
Mais de 1300 municípios brasileiros estão em alerta devido ao calor extremo, com temperaturas acima de 37 °C e umidade abaixo de 15%, aumentando riscos à saúde e incêndios florestais. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê que as condições se agravem, especialmente no Centro-Oeste e partes do Norte e Nordeste. A população deve tomar precauções, como hidratação e evitar exposição ao sol.
Uma expedição do ICMBio ao Arquipélago de Martim Vaz, a 1.200 km de Vitória, revelou mais de 100 espécies de peixes e seis de corais, além de investigar um possível novo peixe em águas profundas. A pesquisa, realizada em 17 dias, destaca a importância da preservação desse ecossistema intocado.
O Programa BioRegio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) busca impulsionar a bioeconomia na Amazônia, promovendo inovação e sustentabilidade. O programa será destacado na COP30, em 2025, em Belém, visando atrair investimentos e gerar empregos.
Uma família de bugios foi avistada em Quissamã, sinalizando um avanço na conservação da espécie ameaçada. O registro destaca a saúde do habitat e a necessidade de medidas protetivas.
MP-SP investiga a Sabesp por poluição nas represas Billings e Guarapiranga, após denúncias de contaminação química e falta de manutenção no esgoto. Moradores reclamam da qualidade da água.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos determinou que os Estados devem cooperar no combate às mudanças climáticas e regular as emissões corporativas. O parecer, solicitado por Colômbia e Chile, destaca a necessidade de metas ambiciosas e combate ao "greenwashing".