Petrobras lança ProFloresta+ com BNDES, visando restaurar 50 mil hectares na Amazônia e gerar 15 milhões de créditos de carbono, após polêmicas sobre compra anterior de créditos.
A Petrobras adquiriu créditos de carbono de um projeto na Amazônia, que envolveu desmatamento, por meio de um contrato sigiloso. A estatal considera que essa contratação não está mais em vigor. Após essa experiência inicial, a empresa decidiu focar na geração de créditos através da restauração de áreas degradadas. O primeiro contrato resultou na compra de 175 mil créditos, correspondendo a 175 mil toneladas de CO2 evitadas e a preservação de 570 hectares de floresta no Acre. O anúncio foi feito em setembro de 2023.
Com os créditos adquiridos, a Petrobras lançou uma gasolina "carbono neutro", compensando as emissões de CO2. No entanto, o projeto apresentou falhas, como reportagens indicaram, e a empresa negou repetidamente o fornecimento do contrato que garantiu a compra. A Controladoria-Geral da União (CGU) validou a decisão de manter o contrato em sigilo. O desmatamento na área do projeto aumentou a partir do quinto ano, e a base de dados utilizada para calcular os créditos foi considerada "não plausível".
Em resposta a essas questões, a Petrobras lançou o programa ProFloresta+, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo é contratar créditos de carbono gerados pela restauração florestal na Amazônia, prevendo a recuperação de até 50 mil hectares e a captura de 15 milhões de toneladas de carbono, o que equivale às emissões anuais de quase nove milhões de carros movidos a gasolina.
O primeiro edital do programa permitirá a compra de até cinco milhões de créditos de carbono. O BNDES financiará projetos de empresas interessadas no reflorestamento, enquanto a Petrobras garantirá a compra em contratos de longo prazo, com preços definidos em licitação. A estatal não descarta a possibilidade de adquirir créditos pelo modelo anterior, que envolve desmatamento evitado, afirmando que suas ações visam tanto a restauração quanto a preservação das florestas.
O ProFloresta+ foi desenvolvido ao longo de doze meses. A Petrobras destacou que a primeira compra de créditos seguiu as melhores metodologias de certificação. A empresa afirmou que não há contrato vigente, pois a aquisição foi feita de forma "spot", com todos os créditos transferidos no ato da compra. O preço pago permanece em sigilo para evitar expectativas de mercado.
Com o plano estratégico para o período de 2023 a 2027, a Petrobras prevê novas operações no mercado de carbono, com um gasto estimado de US$ 120 milhões (R$ 708 milhões) para a compra de créditos. Projetos como o ProFloresta+ são essenciais para a preservação ambiental e podem ser impulsionados pela sociedade civil, que tem um papel fundamental na promoção de iniciativas que visem a restauração e proteção das florestas.
Uma investigação da Reuters revelou que 24 dos 36 projetos de carbono na Amazônia estão associados a beneficiários com infrações ambientais, incluindo um esquema de legalização de madeira ilegal. Os projetos, validados por Verra e Cercarbono, expõem falhas no controle de qualidade do mercado voluntário de carbono, com penalidades que superam R$ 125 milhões. O caso de Ricardo Stoppe Junior, preso por liderar um esquema de lavagem de madeira, destaca a gravidade da situação.
Ibama aplica R$ 173 milhões em multas após operação em Apuí, AM, embargando 27 mil hectares e registrando 87 infrações, destacando o município como foco de desmatamento na Amazônia. Consequências legais estão a caminho.
Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia descobriram que a forma de despejar água no café impacta a extração do sabor, recomendando um fluxo constante e de altura elevada para otimizar o preparo. Essa técnica não só melhora o sabor, mas também reduz o desperdício, contribuindo para a sustentabilidade na produção de café.
Nesta sexta-feira (17/7), Brasília registrou a menor temperatura do ano, 10,1°C, com risco elevado de incêndios florestais e choque térmico devido à baixa umidade do ar, que pode afetar a saúde da população.
Mudanças climáticas no Brasil em 2024 intensificaram secas na Amazônia e enchentes no Sul, resultando em prejuízos de R$ 620 milhões e aumento nos preços de produtos como café e castanha. Comunidades vulneráveis enfrentam crises severas.
A onça-pintada Ruana foi transferida de avião para o Zoológico de São Paulo, onde se preparará para um programa de conservação com o macho Raimundinho, visando a preservação da espécie ameaçada. A ação é parte do Plano de Ação Nacional do ICMBio, com apoio do Ministério do Meio Ambiente e da AZAB.