Pesquisadores da USP e Unesp revelam que a combinação dos pesticidas acefato e diuron desregula membranas celulares de mamíferos, aumentando riscos à saúde. O estudo destaca a necessidade de regulamentação e prevenção.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) identificaram que a combinação dos pesticidas acefato e diuron pode desregular a membrana celular de mamíferos, afetando sua integridade e aumentando os riscos à saúde. O estudo revela que essa mistura, comum em plantações, altera a orientação e a conformação do grupo colina, essencial para a estrutura da membrana, além de desorganizar as cadeias de hidrocarbonetos dos fosfolipídios, que garantem a fluidez celular.
O primeiro autor do estudo, Luis Fernando do Carmo Morato, destaca que o Brasil é um dos maiores consumidores de pesticidas do mundo, com muitos sendo utilizados de forma irregular, contaminando alimentos e aquíferos. A pesquisa busca entender os mecanismos de interação desses produtos com as células, podendo servir como base para estratégias de prevenção e alternativas mais seguras no uso de pesticidas.
Estudos anteriores já haviam apontado que tanto o acefato quanto o diuron podem causar intoxicações no organismo humano, com riscos que vão de alergias a câncer. O acefato, por exemplo, é um inseticida proibido na União Europeia devido ao seu potencial cancerígeno e à toxicidade para o sistema reprodutivo. Apesar das restrições, ele foi o pesticida mais utilizado irregularmente no Brasil entre 2018 e 2022, conforme relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O diuron, um herbicida amplamente utilizado na produção de cana-de-açúcar, também apresenta riscos à saúde, como câncer na bexiga e redução da viabilidade das células da placenta. O estudo focou na análise da interação sinérgica entre esses pesticidas, que pode resultar em efeitos imprevisíveis nas células, exigindo atenção redobrada na aplicação e combinação de agroquímicos.
Os pesquisadores utilizaram sistemas miméticos de membranas de mamíferos para simular as interações celulares. O fenômeno conhecido como “efeito coquetel” é relevante, pois a combinação de produtos químicos pode gerar impactos superiores aos efeitos isolados. A pesquisa ressalta a importância de uma dosagem precisa de pesticidas para evitar danos à saúde e ao meio ambiente.
Com a crescente contaminação por pesticidas, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a segurança alimentar e a saúde pública. Projetos que visam a mitigação dos riscos associados ao uso de agrotóxicos podem fazer a diferença na proteção da população e do meio ambiente, promovendo um futuro mais saudável e sustentável.
O Brasil alcançou a meta de reciclar 25% das embalagens de vidro em 2024, com o Distrito Federal superando a média nacional. A reciclagem de vidro no país cresceu de 11% para 25,1% em cinco anos.
Celia Maria Machado Ambrozio lançou o livro "Conservação do Cerrado", que aborda a preservação ambiental e cultural entre Cocalzinho de Goiás e a Cidade de Goiás, destacando a importância da interação entre esses elementos.
O Buraco das Araras, uma dolina no Mato Grosso do Sul, agora conta com turismo regulamentado, com passeios guiados que variam de R$ 117,00 a R$ 385,00, visando a conservação da biodiversidade local. A interação com os animais é proibida e a entrada na dolina é restrita a pesquisas científicas.
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