Empresas como Votorantim Cimentos estão transformando o caroço do açaí, antes descartado, em combustível alternativo, reduzindo emissões de carbono e atendendo a novas exigências ambientais. Essa prática inovadora pode impactar positivamente o setor industrial e a sustentabilidade no Brasil.

O Brasil é um dos maiores produtores de açaí do mundo, com uma produção anual de quase 1,7 milhão de toneladas, sendo o Pará responsável por mais de noventa por cento desse total. Tradicionalmente, a maior parte do caroço da fruta era descartada, o que gerava impactos ambientais significativos. No entanto, novas práticas estão surgindo para dar um destino mais sustentável a esse resíduo, especialmente em resposta a exigências ambientais crescentes.
Empresas como a Votorantim Cimentos estão adotando o caroço do açaí como uma alternativa ao carvão mineral e ao petróleo, combustíveis que são altamente poluentes. O caroço, após a extração da polpa, é utilizado em fornos industriais, onde seu poder calorífico, embora inferior ao do coque de petróleo e do carvão, pode ser compensado pelo seu custo mais baixo e pela quantidade utilizada.
A Votorantim Cimentos consome anualmente cerca de 480 mil toneladas de caroço de açaí em sua unidade na cidade de Primavera, no Pará. Essa prática permite à empresa reduzir o uso de combustíveis fósseis e, consequentemente, suas emissões de carbono. O setor de cimentos é um dos mais poluentes, com emissões de aproximadamente 14,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2023, representando quase um por cento das emissões totais do Brasil.
Além do caroço do açaí, a Votorantim também utiliza cavaco de madeira e moinha de carvão vegetal como alternativas aos combustíveis fósseis. A empresa afirma que o uso de biomassa ajuda a reduzir suas emissões em até vinte e dois por cento. A unidade de Primavera, que representa sete por cento da produção nacional da Votorantim, tem uma média de sessenta e quatro por cento de uso de alternativas aos combustíveis fósseis, superando a média nacional de trinta e quatro por cento.
Com a regulamentação do mercado nacional de carbono em andamento, as empresas precisarão se adaptar para evitar penalizações financeiras. Fábio Cirilo, gerente global de sustentabilidade e energia da Votorantim Cimentos, destaca que a eficiência no consumo de combustível será um diferencial competitivo. Em países como a Espanha, onde já existe um mercado de carbono, o uso de biomassa se torna mais viável financeiramente.
A coleta e o processamento do caroço do açaí são realizados por empresários locais, como a PHS da Mata, que coleta cerca de oitenta mil toneladas anualmente. O material é seco e armazenado antes de ser vendido. A empresa também exporta parte de sua produção para países que operam sob o mercado de carbono europeu. Iniciativas como essa demonstram como a união de esforços pode transformar resíduos em recursos valiosos, promovendo a sustentabilidade e a economia local.

Estudo da Universidade de Cambridge revela que poluentes como PM2,5 e NO2 aumentam o risco de demência, especialmente a vascular, exigindo ações em saúde e políticas urbanas.

Estudo recente aponta que a temperatura média global pode subir 2 graus Celsius até 2050, aumentando a frequência de desastres naturais e exigindo ações urgentes de mitigação.

O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 63 dispositivos do projeto de flexibilização do licenciamento ambiental é celebrado por entidades ambientais, que veem isso como um avanço na proteção do meio ambiente. O governo enviou um novo projeto de lei e uma Medida Provisória para corrigir falhas, mantendo a integridade do licenciamento e evitando a análise em uma única etapa. A pressão da sociedade civil foi crucial para essa decisão, mas a luta continua no Congresso para garantir a efetividade dos vetos.

Ricardo Lewandowski apresentou um projeto de lei à Casa Civil que define o crime de ecocídio, prevendo penas de 10 a 40 anos de prisão e sanções administrativas para infratores. A proposta visa proteger o meio ambiente e responsabilizar pessoas jurídicas.

A Prefeitura de Niterói inicia a construção do parque solar Encosta Verde, que instalará 450 painéis solares e gerará 150 mil kWh de energia limpa, promovendo sustentabilidade e reflorestamento na comunidade. Com investimento de R$ 7,7 milhões, a obra deve ser concluída no segundo semestre de 2025.

A chegada de uma frente fria ao Sudeste provoca chuvas intensas e queda de temperatura em São Paulo, com risco de temporais até sexta-feira. Regiões como o Vale do Ribeira e Sorocaba devem se preparar para condições climáticas severas.