Cade suspende moratória que proíbe compra de soja de terras desmatadas na Amazônia, gerando críticas do Ministério do Meio Ambiente e ONGs, que temem aumento do desmatamento e impactos ambientais negativos.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspendeu a moratória que impedia grandes empresas de soja de adquirir grãos provenientes de terras desmatadas na Amazônia. A decisão, anunciada na noite de 18 de agosto de 2025, foi criticada pelo Ministério do Meio Ambiente, especialmente com a proximidade da Conferência das Partes (COP30) em Belém. O Cade justificou a suspensão como uma "medida preventiva", alegando que o pacto, em vigor desde 2006, configura um "acordo anticompetitivo" que prejudica a exportação de soja.
O Brasil, que exportou 96,8 milhões de toneladas de soja entre janeiro e novembro de 2024, é o maior exportador mundial do produto. As trinta empresas signatárias da moratória, incluindo a Cargill e a Louis Dreyfus, têm um prazo de dez dias para se desvincular do acordo, sob pena de multas severas. O Ministério do Meio Ambiente expressou sua preocupação, ressaltando que a moratória trouxe "resultados inegáveis para a proteção ambiental", com um crescimento de 427% na área dedicada à soja na Amazônia entre 2006 e 2023, sem novos desmatamentos.
A decisão do Cade foi motivada por uma solicitação da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que representa o forte lobby do agronegócio no país. A moratória foi estabelecida em resposta à pressão do mercado europeu, que buscava reduzir o desmatamento na Amazônia. Desde sua implementação, a moratória foi considerada um sucesso na proteção ambiental, com uma redução de 69% no desmatamento nas áreas abrangidas entre 2009 e 2022.
Organizações não governamentais, como a Mighty Earth, criticaram a suspensão, afirmando que isso pode levar a um aumento do desmatamento em um dos ecossistemas mais importantes do planeta. Cristiane Mazetti, representante do Greenpeace Brasil, lamentou a decisão, afirmando que ela não apenas incentiva o desmatamento, mas também silencia o direito dos consumidores de escolher produtos que não contribuam para a devastação da Amazônia.
A suspensão da moratória foi celebrada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), que a considerou um avanço na defesa da livre concorrência. A polêmica em torno da decisão do Cade destaca a tensão entre interesses econômicos e a necessidade de proteção ambiental, especialmente em um momento crítico para as discussões climáticas globais.
Em situações como essa, a mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção ambiental e a preservação da Amazônia. Projetos que promovem a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente merecem ser incentivados e podem fazer a diferença na luta contra o desmatamento.
Em 2024, o Brasil enfrentou a pior temporada de incêndios florestais em setenta anos, com 66% da perda de florestas primárias atribuída ao fogo, superando a agropecuária. A devastação ameaça o clima e a vida de milhões.
A Associação de Moradores e Amigos da Freguesia (Amaf) realizará um passeio pela mata no primeiro domingo de junho, promovendo a campanha Floresta em Pé Jacarepaguá. O evento visa sensibilizar a população sobre a importância da preservação ambiental e a criação de uma nova unidade de conservação na região. A concentração será às 8h, com trilha de 1,5 km, e a caminhada será adiada em caso de chuva. A iniciativa segue um estudo técnico que confirma a viabilidade do projeto, que será apresentado em audiência pública.
Desabamento do aterro sanitário Ouro Verde em Padre Bernardo (GO) contamina Córrego de Santa Bárbara, levando à proibição do uso da água na área. ICMBio embarga o local e aplica multa de R$ 1 milhão.
Ibama e Polícia Federal realizam operação na Terra Indígena Mangueirinha, resultando em 16 mandados judiciais contra a exploração ilegal de araucária, incluindo a prisão de um líder indígena. A ação, que visa combater a extração irregular de madeira ameaçada, é resultado de investigações que já resultaram em multas de R$ 2,5 milhões e apreensões significativas desde 2022.
A prefeitura de Niterói finaliza o projeto do Parque Lagoa de Itaipu, com previsão de conclusão em dois anos, visando requalificação urbana e ambiental da região. O parque contará com ciclovias, jardins filtrantes e áreas de contemplação, promovendo infraestrutura verde e mobilidade ativa. A vice-prefeita Isabel Swan destaca que o projeto busca recuperar o ecossistema local e melhorar a qualidade de vida da população.
Fraude no Cadastro Ambiental Rural (CAR) expõe vulnerabilidades do sistema, como o caso da fazenda BV, que obteve R$ 4,6 milhões com dados falsos. A falta de checagem eficiente prejudica a proteção ambiental.