Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará descobriram crostas biológicas formadas por bactérias que podem ser a chave para recuperar áreas degradadas da caatinga, bioma ameaçado pela desertificação. Essa descoberta gerou a Caatinga Microbiome Initiative, uma rede colaborativa que busca entender e preservar esse ecossistema único.

A caatinga, um bioma exclusivo do Brasil, enfrenta sérios desafios, como a desertificação, que afeta a vida de cerca de 28 milhões de pessoas no Nordeste. Este processo de degradação ambiental transforma solos férteis em terrenos áridos, comprometendo a biodiversidade local. As causas incluem tanto fatores naturais, como a escassez de chuvas, quanto ações humanas, como desmatamento e queimadas, que agravam a situação.
No entanto, uma nova esperança surge com a descoberta de crostas biológicas formadas por bactérias, que podem ser fundamentais na recuperação de áreas degradadas. O engenheiro agrônomo Arthur Prudêncio, da Universidade Federal do Ceará, encontrou essas crostas em Irauçuba, onde as bactérias ajudam a agregar as partículas do solo, tornando-o mais resistente à erosão. Essas bactérias liberam compostos orgânicos que favorecem a fertilidade do solo.
As crostas biológicas desempenham um papel crucial na estabilização do solo, aumentando a presença de carbono e nitrogênio, essenciais para o surgimento de novas formas de vida, como fungos e pequenas plantas. Essa dinâmica pode iniciar um processo de recuperação das áreas afetadas pela desertificação, promovendo a regeneração da vegetação nativa.
O grupo de pesquisa liderado por Prudêncio está focado em isolar as bactérias que mais contribuem para a formação dessas crostas. A primeira publicação sobre o tema gerou interesse entre pesquisadores de outros estados, levando à criação da Caatinga Microbiome Initiative, uma rede colaborativa que envolve mais de 20 professores e pesquisadores dedicados ao estudo do bioma e à saúde do solo.
Com a caatinga sendo um bioma pouco explorado, há grande potencial para descobrir novas bactérias e processos biotecnológicos que podem ser aplicados na recuperação ambiental. O compromisso de Prudêncio com a preservação da caatinga reflete a necessidade de ações efetivas para proteger esse ecossistema único e vulnerável.
Iniciativas como a de Prudêncio mostram que a união de esforços pode fazer a diferença na luta contra a desertificação. Projetos que visam a recuperação da caatinga e a preservação de sua biodiversidade merecem apoio da sociedade civil, pois podem trazer benefícios significativos para a região e suas comunidades.

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destaca a urgência de eliminar combustíveis fósseis e zerar o desmatamento até 2030, enquanto enfrenta a crise de preços de acomodações em Belém. A falta de novas metas de redução de emissões por 80% dos países do Acordo de Paris ameaça a participação na conferência.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defende que a Petrobras amplie investimentos em energia limpa, enquanto a Licença Ambiental Especial não comprometerá a segurança ambiental. A decisão sobre exploração de petróleo cabe ao Conselho Nacional de Política Energética.

O seminário "Agroindústria Sustentável" será realizado em 23 de julho, em São Paulo, com foco em práticas sustentáveis e desafios da agricultura familiar no Brasil. Especialistas discutirão soluções para o semiárido nordestino e a importância dos pequenos produtores.

O Ibama transferiu 19 papagaios-do-mangue ao IPMA para reabilitação e reintrodução na Mata Atlântica, reforçando a conservação da biodiversidade local. A ação é resultado de colaboração entre diversas instituições.

A Petrobras investe R$ 40 milhões no primeiro drone da América Latina para monitoramento marinho e emergências ambientais, em colaboração com uma fabricante brasileira. Essa inovação visa aumentar a segurança e a sustentabilidade no setor offshore.

O governo de São Paulo leiloará a concessão do sistema de travessias hidroviárias, com investimentos de R$ 1,4 bilhão em 20 anos, visando modernização e frota elétrica. A secretária Natália Resende destaca que a iniciativa busca eficiência, conforto e melhorias ambientais.