O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destaca a urgência de eliminar combustíveis fósseis e zerar o desmatamento até 2030, enquanto enfrenta a crise de preços de acomodações em Belém. A falta de novas metas de redução de emissões por 80% dos países do Acordo de Paris ameaça a participação na conferência.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, divulgou sua sexta carta à comunidade internacional, destacando a urgência de eliminar combustíveis fósseis e zerar o desmatamento até 2030. Lago também alertou que cerca de oitenta por cento dos países signatários do Acordo de Paris ainda não apresentaram novas metas de redução de emissões (NDCs) até 2035. Ele enfatizou a importância de que essas metas sejam enviadas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) a tempo de serem incluídas no relatório de síntese de outubro.
Na carta, Lago afirmou que a redução das emissões é crucial para garantir um futuro seguro e sustentável para a humanidade. Ele se comprometeu a criar um ambiente propício para um diálogo aberto e criativo, ressaltando que a responsabilidade coletiva é transformar uma possível imagem decepcionante das NDCs em um quadro que assegure um planeta habitável e melhore as condições de vida para todos.
O embaixador também reiterou o chamado global para deter e reverter o desmatamento e a degradação florestal até 2030, além de acelerar a transição energética. Ele destacou que a descarbonização deve incluir a triplicação da capacidade de energia renovável e a duplicação da taxa de melhoria da eficiência energética, promovendo uma transição justa e equitativa.
Recentemente, Lago havia enviado uma carta convidando a comunidade internacional para a conferência em Belém, no Pará. Essa comunicação ocorreu em meio a preocupações sobre os altos preços de acomodações na cidade, que podem comprometer a participação no evento. A presidência da COP30 busca transformar a conferência em um marco para a transição a um futuro mais promissor.
Os preços das diárias em Belém têm gerado insatisfação, com valores de quartos simples superando os de unidades de luxo em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, as plataformas de reserva indicam que os participantes podem ter que compartilhar camas durante a conferência. A Defensoria Pública do estado notificou plataformas de hospedagem para a remoção de anúncios com preços abusivos.
Enquanto isso, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Secretaria Extraordinária da COP30 se reunirão para discutir soluções para a crise de acomodações. Em um momento em que a colaboração é essencial, iniciativas que promovam a solidariedade e o apoio a causas ambientais podem fazer a diferença na construção de um futuro sustentável.
Shaikha Al Nowais foi eleita a primeira mulher a liderar a ONU Turismo em cinquenta anos, com foco em sustentabilidade e inclusão, especialmente no Brasil, visando regenerar ecossistemas e fortalecer comunidades.
COP-30 em Belém reunirá empresas brasileiras para apresentar inovações sustentáveis. A conferência será uma vitrine para negócios e parcerias, destacando a biodiversidade e a transição energética do Brasil.
O Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançou um hub de economia e clima, visando integrar conhecimento científico e promover ações climáticas no Brasil, que enfrenta desafios institucionais. O evento destacou a urgência de transitar de uma gestão reativa para estratégias preventivas, com especialistas apontando que o Brasil possui vantagens únicas, como um vasto capital natural e uma matriz energética limpa.
Antonio Basile presenteou seu filho e nora com uma colmeia de abelhas-europeias, que inspirou a criação da Mbee, uma das maiores distribuidoras de mel nativo do Brasil, unindo 80 meliponicultores em 16 estados.
A terceira Conferência dos Oceanos da ONU, em Nice, destaca a urgência da proteção marinha, com promessas de 60 países para ratificar um tratado e críticas à mineração em águas profundas. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta sobre a exploração predatória dos oceanos e pede uma moratória até que se compreenda melhor seu impacto ambiental. O presidente francês, Emmanuel Macron, reforça que o fundo do mar "não está à venda" e busca apoio para um acordo que visa proteger 30% dos oceanos até 2030.
A terceira reunião do Grupo de Trabalho de Gestão de Desastres do BRICS, realizada em Brasília, focou na resiliência climática e planejamento estratégico para 2025-2028. O encontro, com a presença de representantes de alto nível, visa fortalecer a cooperação entre os países emergentes no enfrentamento das mudanças climáticas.