O Cerrado é o primeiro bioma a receber o Landscape Accelerator – Brazil, que visa promover a agricultura regenerativa e reverter a degradação do solo, com potencial de gerar US$ 100 bilhões até 2050. A iniciativa, lançada em 2024, é uma parceria entre o WBCSD, Cebds e BCG, com apoio do Ministério da Agricultura. A implementação de práticas regenerativas em 32,3 milhões de hectares pode aumentar a produtividade em até 11% e reduzir emissões de carbono em 16%.
O Cerrado, um dos biomas mais importantes do Brasil, foi escolhido como o primeiro bioma do mundo a receber o Landscape Accelerator – Brazil (LAB). Esta iniciativa, lançada em 2024, tem como objetivo acelerar a adoção da agricultura regenerativa, que busca reverter a degradação do solo e reduzir os impactos climáticos. O programa é uma parceria entre o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) e o Boston Consulting Group (BCG), com apoio técnico do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A agricultura regenerativa envolve práticas como a recuperação de pastagens degradadas, a integração lavoura-pecuária-floresta e o plantio direto. O Cerrado, com seus 198 milhões de hectares, é responsável por uma parte significativa da produção agrícola do Brasil, incluindo 25% da soja, 97% do algodão e 66% do milho. Além disso, abriga uma biodiversidade rica, com 5% das espécies de fauna e flora do planeta.
Um estudo do BCG, em colaboração com o Mapa, WBCSD e Cebds, revela que é viável implementar práticas regenerativas em 32,3 milhões de hectares do Cerrado, área equivalente ao território da Noruega. Essa transformação pode gerar até US$ 100 bilhões para a economia nacional até 2050, com um investimento inicial de US$ 55 bilhões e um retorno médio de 19% em cinco anos.
Entre as empresas que participam do LAB, a Bayer destaca-se com o programa PRO Carbono, que promove práticas conservacionistas em mais de 1,9 mil produtores, abrangendo 220 mil hectares. A adoção dessas práticas resulta em um aumento médio de 11% na produtividade e 16% no sequestro de carbono. A Nestlé também se envolve com programas sustentáveis, atendendo mais de 10 mil produtores em cadeias de leite, café e cacau.
Bárbara Sollero, head de agricultura regenerativa da Nestlé Brasil, enfatiza a importância do suporte técnico oferecido às fazendas, que inclui consultorias especializadas. Um grupo de 900 fazendas alcançou resultados significativos, como 8% a mais na silagem de milho e 18% menos emissões de carbono. A empresa já investiu 1,2 bilhão de francos suíços em projetos de agricultura regenerativa entre 2021 e 2025.
Com o compromisso de implementar práticas regenerativas em 25% das principais matérias-primas até 2025, a Nestlé já atingiu 41% no Brasil em 2024. Essa transformação no Cerrado é uma oportunidade para a sociedade civil se unir em prol de iniciativas que promovam a sustentabilidade e a recuperação ambiental. A mobilização em torno de projetos que apoiem a agricultura regenerativa pode ter um impacto significativo na preservação deste bioma vital.
Uma pesquisa da Nexus revela que 81% dos brasileiros evitam desperdício e 75% separam materiais para reciclagem, mas a falta de coleta seletiva é um obstáculo significativo. O estudo, realizado em parceria com o Sindicato da Indústria de Material Plástico de São Paulo, destaca a conscientização sobre o impacto do plástico e a necessidade de informações para promover a reciclagem.
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará descobriram crostas biológicas formadas por bactérias que podem ser a chave para recuperar áreas degradadas da caatinga, bioma ameaçado pela desertificação. Essa descoberta gerou a Caatinga Microbiome Initiative, uma rede colaborativa que busca entender e preservar esse ecossistema único.
Homem retira rede de pesca presa a baleia-franca em Palhoça (SC) sem autorização do Ibama, que investiga possíveis danos ao animal e pode multá-lo em R$ 2.500,00 por violação das normas de resgate.
Um mutirão de limpeza na Ilha Grande, promovido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a ONG Somos Natureza, removeu 242 quilos de lixo, incluindo resíduos de outros países. Voluntários internacionais participaram da ação, que destaca a poluição marinha e a importância da conservação ambiental.
Estudo recente aponta que a taxa de extinção de espécies aumentou drasticamente nos últimos cinco anos, evidenciando que o aquecimento global acelera esse processo alarmante.
Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante nas queimadas, com 30 milhões de hectares devastados, 62% acima da média histórica, destacando a Amazônia como o bioma mais afetado. O relatório do MapBiomas Fogo revela que a Amazônia e o Pantanal sofreram as maiores destruições, com a Amazônia respondendo por 52% da área queimada. A situação exige ações urgentes para mitigar os impactos das queimadas e proteger a biodiversidade.