Estudo da EY-Parthenon aponta que o Brasil pode liderar a produção de hidrogênio verde, mas enfrenta desafios em planejamento energético, regulamentação e infraestrutura. O país precisa agir para não perder espaço no mercado global.

O Brasil está se destacando como um potencial líder na produção de hidrogênio verde (H2V), um combustível essencial para a descarbonização de setores industriais que enfrentam dificuldades na transição energética. Um estudo da EY-Parthenon aponta que o país possui uma matriz energética predominantemente limpa, o que favorece a competitividade na produção de H2V, com um custo estimado de US$ 1,47 por quilo até 2030.
O Brasil é o terceiro maior investidor mundial em energias renováveis, representando 8% da geração global. A capacidade energética instalada deve crescer 19% até 2030, com ênfase nas fontes solar e eólica, que devem aumentar em 171% e 103%, respectivamente. Apesar dessas condições favoráveis, o estudo identifica quatro desafios que o Brasil precisa enfrentar para não perder espaço no mercado global de H2V.
Um dos principais obstáculos é a falta de um planejamento energético nacional claro, que atrasa o desenvolvimento de uma cadeia de valor competitiva. O país ainda não possui uma estratégia integrada para o hidrogênio verde, dificultando a distribuição do H2V para zonas industriais. A estrutura atual favorece a produção em larga escala para exportação, mas não atende adequadamente a demanda interna.
Outro desafio significativo é a ausência de regulamentação adequada. Enquanto países desenvolvidos já implementaram marcos regulatórios para a indústria do hidrogênio verde, o Brasil ainda carece de políticas estratégicas que fortaleçam a capacidade local. A falta de metas nacionais para a fabricação de eletrolisadores, essenciais para a produção de H2V, é um exemplo dessa lacuna.
A infraestrutura também precisa de adequação. A adaptação de portos e dutos para o armazenamento e transporte do hidrogênio verde é urgente. A rede de gasodutos, que é a opção mais econômica para a distribuição local, está concentrada nas áreas costeiras, dificultando o acesso a outros polos industriais. Além disso, a distribuição de H2V requer gasodutos com especificações técnicas que a malha atual não atende.
Por fim, o suprimento de energia renovável necessário para atender à demanda projetada de H2V em 2030 é um desafio adicional. A eletrólise, processo que gera o hidrogênio verde, demanda alta capacidade energética, o que pressiona a expansão da produção eólica e solar. Projetos que visem a superação desses desafios devem ser incentivados pela sociedade civil, pois a união pode fazer a diferença na construção de um futuro mais sustentável.

Após quase 40 anos em cativeiro, Jorge, uma tartaruga Caretta caretta, foi libertado e já percorreu mais de 2.000 km até a costa do Brasil, em uma jornada de retorno ao seu habitat natural. A mobilização popular e a Justiça argentina foram fundamentais para sua reabilitação e reintegração ao mar.

A presidência da COP30 inicia consultas especiais para acelerar negociações climáticas, com sessões online e encontros em Nova York e Brasília, visando novos compromissos antes do relatório da ONU.

Empresas estão inovando ao desenvolver ração para pets com proteínas de insetos e carne cultivada, buscando sustentabilidade, mas enfrentam resistência dos donos e dúvidas sobre eficácia nutricional.

O Conselho Nacional de Justiça se reunirá com a Associação Brasileira de Normas Técnicas para discutir a norma Justiça Carbono Zero, que exige a redução de emissões de carbono no Judiciário até 2030. A iniciativa inclui inventários anuais e metas de redução, alinhando o Judiciário à agenda climática nacional, especialmente com a proximidade da COP 30 no Brasil.

O BNDES e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram R$ 210 milhões para revitalizar o Fundo Amazônia, priorizando parcerias com municípios na luta contra o desmatamento. A iniciativa visa reduzir pela metade a destruição florestal em estados críticos, beneficiando mais de 14 mil famílias com projetos sustentáveis.

O presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, não comparecerá à COP-30 em Belém devido aos altos custos da viagem, sendo substituído pelo ministro do Meio Ambiente. A ministra Marina Silva criticou os preços abusivos de hospedagem, que chegam a ser até 15 vezes maiores que o normal, o que pode comprometer a participação de delegações e os acordos climáticos.