A bioeconomia no Brasil pode gerar até US$ 140 bilhões anuais até 2032, segundo estudo da Câmara Internacional de Comércio, destacando a importância da inovação e da comercialização. O Brasil busca liderar a agenda global com soluções sustentáveis em setores como alimentos e saúde.
Um estudo da Câmara Internacional de Comércio (ICC) revela que a bioeconomia pode movimentar entre US$ 100 bilhões e US$ 140 bilhões anualmente até 2032, destacando a importância de superar desafios de inovação e comercialização. O relatório foi apresentado durante a Semana do Clima de São Paulo, em parceria com consultorias e empresas como Itaú, Natura e Nestlé, além do Ministério do Meio Ambiente.
A bioeconomia se estabelece como uma agenda prioritária no Brasil, com foco em transformar a biodiversidade em soluções sustentáveis em setores como alimentos, saúde e materiais. A secretária nacional de bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente, Carina Pimenta, enfatizou que o estudo propõe uma nova perspectiva, explorando cadeias menos tradicionais e impulsionando a inovação através da ciência e tecnologia.
O estudo sugere uma nova abordagem de inovação, expandindo o modelo tradicional que envolve governo, universidades e empresas para uma "hélice sêxtupla", que inclui também investidores e a sociedade civil. Daniel Pimentel, da Emerge, destacou que a implementação coordenada das estratégias traçadas pode desbloquear o potencial do Brasil na bioeconomia.
O setor de alimentos é identificado como o maior potencial, com estimativas de geração de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões até 2032. Inovações como fermentação de precisão e revalorização de resíduos agroalimentares são algumas das soluções propostas. Já na área de materiais, o Brasil pode liderar o desenvolvimento de produtos circulares e biodegradáveis, movimentando entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões anuais.
O agronegócio e a saúde animal têm potencial para gerar entre US$ 18 bilhões e US$ 25 bilhões, enquanto o setor farmacêutico pode alcançar US$ 12 bilhões a US$ 20 bilhões com a bioprospecção de plantas medicinais. Os cosméticos também se destacam, com uma movimentação estimada entre US$ 8 bilhões e US$ 12 bilhões, consolidando o Brasil como fornecedor global de bioativos sustentáveis.
Com a COP30 se aproximando, o Brasil tem uma oportunidade única de liderar a agenda de bioeconomia. A estratégia inclui a criação de um fundo de R$ 125 bilhões para a preservação de florestas e iniciativas para canalizar investimentos em biotecnologia. A união de esforços pode ser crucial para transformar conhecimento em prosperidade e biodiversidade em soluções, beneficiando comunidades tradicionais e promovendo um desenvolvimento sustentável.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional anunciou um investimento de R$ 1,84 milhão para o sistema “Monitorando Águas”, que usará geotecnologias na revitalização de bacias hidrográficas. A iniciativa visa aumentar a transparência e eficiência nas ações, focando nos rios São Francisco e Parnaíba, e será executada pelo Instituto Avançado de Pesquisa e Estudos do Cerrado.
Entre janeiro de 2021 e maio de 2023, São Paulo aplicou 4.406 multas por descarte irregular de lixo, com valores de R$ 1.500 a R$ 25 mil. A cidade conta com 129 ecopontos para coleta de resíduos, funcionando de segunda a sábado.
Voluntários no Rio Grande do Sul resgatam animais afetados por enchentes, com cerca de 250 cães abrigados em Eldorado do Sul. Uruguaiana enfrenta emergência com 1,7 mil desalojados em 48 horas.
Brigada indígena Mebêngôkre-Kayapó intensifica ações de combate a incêndios na Terra Indígena Las Casas, com queima prescrita e monitoramento, resultando em 778 focos de calor detectados em 2024.
O Brasil se prepara para a COP30, que ocorrerá na Amazônia em 2025, com foco em políticas de desenvolvimento sustentável e segurança hídrica, segundo Valder Ribeiro, do MIDR. O evento reunirá quase 200 países.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos determinou que os Estados devem cooperar no combate às mudanças climáticas e regular as emissões corporativas. O parecer, solicitado por Colômbia e Chile, destaca a necessidade de metas ambiciosas e combate ao "greenwashing".