COP-30 em Belém reunirá empresas brasileiras para apresentar inovações sustentáveis. A conferência será uma vitrine para negócios e parcerias, destacando a biodiversidade e a transição energética do Brasil.
A COP-30 ocorrerá em Belém, destacando o papel do Brasil nas discussões sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. O evento reunirá empresas brasileiras, como Natura e Petrobras, que apresentarão inovações em energia sustentável e biocombustíveis. Microempresas, como a Haka, que transforma resíduos em combustíveis sintéticos, também estarão presentes, evidenciando a diversidade de soluções brasileiras para os desafios ambientais.
Segundo Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a conferência é uma oportunidade para mostrar as riquezas naturais do Brasil, como sua biodiversidade, e os avanços na produção de energia limpa. Ele ressalta que empresas que se prepararam para a agenda climática têm uma vantagem competitiva significativa no mercado global.
Guarany Osório, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), complementa que a COP-30 não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica. Empresas que implementaram estratégias de gestão de risco e têm metas claras em relação à redução de emissões de carbono se destacam. A conferência servirá como uma vitrine para atrair investimentos e abrir novos mercados.
A programação da CNI incluirá debates sobre transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. Rubens Filho, do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), destaca que a COP é uma plataforma para empresas de todos os setores que buscam uma economia mais verde. Ele enfatiza a importância de soluções baseadas na natureza e a necessidade de um reconhecimento científico do etanol brasileiro como uma alternativa sustentável.
O etanol, desenvolvido no Brasil desde a década de 1970, será um dos principais focos na COP-30. Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), afirma que o etanol é uma tecnologia consagrada que pode contribuir para a descarbonização. Ele menciona avanços na produção, como a captura e armazenamento de carbono, que visam tornar o etanol ainda mais sustentável.
Além das grandes empresas, micro e pequenas empresas, como a Haka, também buscam visibilidade na COP-30. Décio Lima, do Sebrae, destaca que a presença dessas empresas é crucial para atrair investimentos e conectar pequenos negócios a grandes discussões. A união em torno de iniciativas sustentáveis pode impulsionar a transformação econômica e social, mostrando que a colaboração é fundamental para enfrentar os desafios climáticos.
Cidades brasileiras, como Caxias do Sul, Crato e Aracruz, estão adotando projetos inovadores para enfrentar as mudanças climáticas, com foco em reflorestamento e restauração de manguezais. Essas iniciativas visam aumentar a resiliência das comunidades e proteger a população.
O BNDES liberou R$ 1 bilhão para o Complexo Solar Draco, em Minas Gerais, que contará com 11 usinas fotovoltaicas e capacidade de 505 MW, prevendo operação em 2026. O projeto visa fortalecer a matriz solar brasileira.
O Governo Federal destinará R$ 995 milhões para revitalizar o Rio Parnaíba, promovendo a recuperação ambiental e a navegabilidade, beneficiando Piauí e Maranhão. O projeto visa desenvolvimento sustentável e integração regional.
"Iracema - Uma Transa Amazônica" retorna aos cinemas em 4K, 50 anos após sua estreia, com Jorge Bodanzky ressaltando que a crítica social e ambiental do filme continua relevante. A obra, que retrata a exploração da Amazônia e a realidade indígena, é um alerta sobre as mudanças climáticas e a repetição de erros históricos.
A meta global de proteger 30% dos oceanos até 2030 enfrenta sérias dificuldades, com menos de 10% das áreas marinhas protegidas efetivamente resguardadas. A pesca comercial foi autorizada em uma área marinha protegida do Pacífico, e apenas 2,04% dos mares da União Europeia têm planos de gestão adequados, evidenciando a ineficácia das AMPs.
Em março de 2025, Goiânia registrou uma queda de 62% na precipitação, totalizando apenas 97,0 mm, enquanto as temperaturas médias superaram a normal em até 2,5°C, impactando o clima local.