"Iracema - Uma Transa Amazônica" retorna aos cinemas em 4K, 50 anos após sua estreia, com Jorge Bodanzky ressaltando que a crítica social e ambiental do filme continua relevante. A obra, que retrata a exploração da Amazônia e a realidade indígena, é um alerta sobre as mudanças climáticas e a repetição de erros históricos.
Iracema - Uma Transa Amazônica, filme de 1974 dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando Senna, retorna aos cinemas em versão 4K, cinquenta anos após sua estreia. O longa, que retrata a exploração da Amazônia e as questões sociais e indígenas, é um alerta sobre a continuidade da devastação ambiental e social. Bodanzky ressalta que, apesar das mudanças políticas, as questões abordadas no filme permanecem relevantes, refletindo a atualidade das denúncias feitas na obra.
O filme foi rodado em uma estrada que destruiu comunidades indígenas e devastou a natureza. Bodanzky afirma que a situação atual é semelhante àquela que levou ao golpe de 1964. Ele destaca que o filme é importante para as novas gerações, que podem não ter vivenciado esses eventos, mas que precisam entender as lições do passado. A produção foi marcada por desafios, incluindo a censura e a necessidade de filmar clandestinamente em uma zona de segurança nacional.
Na trama, Edna de Cássia, uma jovem descoberta por Bodanzky, interpreta a protagonista que, após se perder da família, decide se prostituir para sobreviver. O filme, que combina ficção e documentário, foi pioneiro ao registrar as queimadas na Amazônia, mostrando uma realidade que ainda persiste. Bodanzky relembra que as imagens capturadas eram inéditas e impactantes, revelando a dimensão da destruição que ele mesmo desconhecia na época.
O longa foi concebido inicialmente para um programa experimental da televisão alemã e, após sua estreia em 1974, conquistou reconhecimento internacional, sendo indicado a importantes festivais. No Brasil, a obra só foi liberada em 1980, após um período de censura, e ganhou prêmios no Festival de Brasília. A circulação em cineclubes durante a censura ajudou a manter o filme vivo na memória do público.
Edna de Cássia, que hoje atua como professora, reflete sobre a relevância do filme nos dias atuais, afirmando que ele serve como um alerta para as mudanças climáticas. Ela acredita que a mensagem de "Iracema" está finalmente sendo compreendida e que o legado da obra é mais necessário do que nunca. A produção destaca a exploração e marginalização de comunidades, trazendo à tona questões que ainda afetam o Brasil contemporâneo.
O retorno de "Iracema - Uma Transa Amazônica" aos cinemas é uma oportunidade para refletir sobre a importância de apoiar iniciativas que promovam a preservação ambiental e a valorização das culturas indígenas. A união da sociedade civil pode fazer a diferença em projetos que busquem mitigar os impactos da exploração e promover a justiça social, contribuindo para um futuro mais sustentável.
Infestação do borrachudo, Simulium spp, preocupa moradores do Itanhangá. Ações conjuntas entre autoridades visam combater o inseto com limpeza de rios e uso de BTI, buscando restaurar o equilíbrio ambiental.
O Instituto da Cultura Científica da UFSCar lançou o dossiê "Oceano em risco", abordando a poluição plástica em meio à votação da PEC das Praias, que altera a gestão do litoral brasileiro. O mesacast, com especialistas, destaca a importância das áreas costeiras e os impactos ecológicos da poluição. Além disso, foi lançada a newsletter "Plast-Agrotox News", que traz informações sobre agrotóxicos e pesquisas em andamento.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional declarou situação de emergência em Padre Bernardo, Goiás, devido à contaminação do córrego local após o desabamento do lixão. A prefeitura agora pode solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como distribuição de alimentos e kits de higiene.
Estudo revela que as ciências humanas são as menos financiadas nas pesquisas sobre a Amazônia, destacando a urgência de integrar a saúde local e promover colaboração entre países da região.
Uma nova mancha de poluição foi identificada no mar da Barra da Tijuca, classificada como um "filme de terror ambiental" por Mário Moscatelli, que atribui a situação ao crescimento urbano desordenado e à falta de saneamento.
Estudo revela que a crise climática pode reduzir a recarga dos aquíferos no Brasil, afetando a água subterrânea, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, com consequências alarmantes para a população. Cientistas do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais alertam que a recarga pode diminuir até 666 milímetros por ano, impactando a oferta de água para 112 milhões de brasileiros.